Alcides Cardoso repercute audiência sobre construção da ponte Monteiro-Iputinga

Na última segunda-feira (25), a Câmara do Recife promoveu uma audiência pública a respeito da construção da ponte Monteiro-Iputinga, que deve ligar as Zonas Oeste e Norte da capital. Requerido pelo vereador Alcides Cardoso (DEM), o debate abordou, principalmente, a questão da desapropriação da população da área afetada pela obra. Durante a reunião plenária desta terça-feira (26), o parlamentar fez uso da tribuna virtual para repercutir alguns pontos da discussão.

Cardoso deu início ao seu discurso relembrando a sucessão de adiamentos que impediram a obra de ser realizada e entregue. “É uma construção muito antiga, que acompanho há anos. Durante a campanha, estive lá na estrutura que agora foi derrubada. Isso vem desde 2012 se arrastando. Geraldo Julio não conseguiu terminar: ficaram somente as duas cabeceiras, sem os arcos da ponte. Já foram embora em torno de R$ 22 milhões”, relatou. “Sai o prefeito, a nova gestão traz agora a nova obra da ponte, com um gasto de R$ 27 milhões. E, para quem não sabe, esse projeto é só do vão. Não tem o projeto da subida e da descida da ponte. Será que vai ser mais um elefante branco? Espero que não”.

O vereador disse que é preciso achar uma alternativa para evitar transtornos e remoções para a população afetada. “Ali é uma área de ZEIS [Zona Especial de Interesse Social]. O pessoal quer apenas a posse, a regularização fundiária. A Prefeitura cria a ZEIS para proteger a população da especulação imobiliárias, mas foi o próprio agente da expulsão. Não podemos deixar que isso aconteça, até porque ainda não há projeto executivo”.

Alcides Cardoso também demonstrou incredulidade em relação a um projeto de conjunto habitacional anunciado pela Prefeitura na audiência. “A Prefeitura anunciou um habitacional de 75 unidades. Enquanto isso, no dia 21 de outubro, em uma audiência pública do Ministério Público, a secretaria-executiva disse que ainda estava desenvolvendo um estudo. Em quatro dias já fizeram um estudo e um projeto?  A população não engoliu. As pessoas só podem sair dali com moradia digna”.

Em 26.10.2021