Dani Portela defende uma política habitacional no Recife
De acordo com a vereadora, os dados da Prefeitura do Recife dão conta de que o déficit habitacional na cidade atinge 70 mil famílias. “A falta de uma política habitacional impacta a vida de milhares de mulheres negras e pobres, que são mães. No final das negociações sobre a ocupação, na sexta-feira, foi possível chegar a algo concreto, pois tivemos a mediação do vereador Rinaldo Junior (PSB). Mas, também houve um diálogo com os vereadores Ivan Moraes (PSOL), Liana Cirne (PT) e eu, além das deputadas estaduais do Coletivo Juntas. Mas, o fato, é que falta no Recife, um programa habitacional consistente”, disse.
Dani Portela lembrou que há uma frase do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) que diz o seguinte: “Quando morar foi um privilégio, ocupar será sempre um direito. Portanto, que a gente possa lutar pelos nossos direitos para reduzir as desigualdades do Recife”, disse. Ela lembrou que até 2019, no Recife, 65% das famílias comprometiam mais de 30% da renda para pagamento do aluguel. “Nos últimos 12 meses, no meio da crise causada pela pandemia, o Recife acumulou o maior preço de aluguel do País. Além disso, é um dos metros quadrados mais caros”, disse.
Segundo a parlamentar, a alta do preço de aluguel acompanhou a diminuição de renda das famílias, o aumento do número de desempregados e do custo de vida. “A falta de uma política pública habitacional eficiente faz crescer no Recife o número de moradias irregulares. Se hoje temos um aumento de população de rua isso se deve, inclusive, ao fato de o Recife ser a capital do Brasil com maior alta de aluguéis”.
Em 25.10.2021.