Tadeu Calheiros realiza solenidade em homenagem ao Simepe e ao Dia do Médico
Sob a presidência do vereador Zé Neto (PROS), a solenidade começou às 14h30, com a execução do Hino Nacional. Fizeram parte da mesa solene a médica e presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe), Cláudia Beatriz; o médico e presidente do Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe), Maurício Matos; o médico e presidente da Associação Médica de Pernambuco (Ampe) Bento Bezerra; o médico e presidente da Academia de Medicina de Pernambuco (AMP), Hildo Azevedo Filho. Participou também o vereador Alcides Cardoso (DEM), a esposa do vereador proponente da solenidade, Daniele Arcoverde e o do pai dele, o médico Luís Mário. “Aqui, temos três ganhadores da Medalha de São Lucas, que é a maior honraria que se concede a um médico em Pernambuco. Essa informação dá a dimensão e o significado da nossa solenidade”.
O vereador Tadeu Calheiros explicou o motivo de ter realizado a solenidade conjunta. “Fazer 90 anos é importante porque se trata de uma data emblemática. E eu precisava homenagear o Sindicato dos Médicos, numa solenidade. Mas, também, não faria sentido eu realizar hoje uma solenidade e outra quatro dias depois, quando se comemora o Dia do Médico. Por isso, esta reunião conjunta, até porque o Simepe é a casa dos médicos”, afirmou. Tadeu Calheiros acrescentou que era importante homenagear os médicos e as entidades de medicina neste ano de pandemia, que ainda vive a crise sanitária que teve início no ano passado. “Enquanto todos se protegiam, nós, médicos, fomos para a linha de frente de combate à covid-19. Fizemos a defesa dos nossos pacientes e no entanto, ficamos proibidos até de andar no elevador. Da parte do poder público, não ganhamos nem insalubridade. No meu mandato, vamos brigar por isso”.
No seu discurso, o vereador lembrou que o Simepe foi criado no dia 14 de outubro de 1931, na primeira gestão do presidente Getúlio Vargas, para lutar contra os baixos salários da categoria. “O Simepe sofreu perseguições e precisou fechar as portas. Mais adiante, em 1941, foi reconhecida como entidade de classe. Durante a ditadura, foi suspenso e ficou fechado até 1965, quando médicos liderados pelo doutor Wanderley de Siqueira iniciou a luta para conseguir melhorias para a categoria”. Durante muitos anos, o Sindicato funcionou numa sala da Sociedade de Medicina.
O vereador falou dos baixos índices de sindicalização que se seguiram nos anos da ditadura militar e da Junta Governativa que assumiu o Simepe, além dos momentos de reconstituição da entidade. Citou nomes importantes nessa luta, entre eles o de Maria Bernadete Antunes. “Em 2007, entrei no sindicato, à época liderado pelo médico Mário Lins. Eu era diretor de base e trabalhava em defesa do serviço público. No Simepe, encontrei muita gente que lutava por um mundo melhor. Realizamos um movimento que entrou para a história do Simepe”. Tadeu Calheiros também disse que se empenhou, como vice-presidente, em 2016, para destravar o pleito de plano de cargos e salários, na gestão do amigo Mário Jorge. “Em 2019, tivemos uma paralisação dos médicos municipais, que durou mais de mais de 60 dias de paralisação da PCR. “Mantivemos o sindicato firme e atuante, na gestão de Claudia Beatriz”.
Após o discurso foi exibido um vídeo falando sobre a importância do profissional médico, a importância deles para a sociedade e as dificuldades da categoria, que luta respaldo “pela ética e pela coragem, para servir ao dom da vida, exigindo dedicação, empenho e fé”. O vídeo foi encerrado dizendo que “enquanto houver amanhã, estaremos no presente, lutando pelo futuro”. Um diploma comemorativo foi entregue à médica Cláudia Beatriz e aos médicos Mário Lins e Hildo Azevedo Filho. Foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao médico Assuero Gomes, que morreu vítima da covid-19, no dia 25 dez 2020.
A presidente do Simepe, Cláudia Beatriz falou em seguida. “Falar do sindicato dos médicos é falar das pessoas que o fizeram. Estamos instrumentalizando uma história de luta e conquistas”. disse. Ela também narrou a história do Simepe, criado em 1931, “quando 33 médicos se organizaram, tendo à frente o doutor João Marques, que foi também o primeiro presidente. O Simepe é o segundo sindicato médico mais antigo do Brasil. Sempre lutou pelos interesses da categoria, defendeu os serviços públicos, a melhoria de condições de trabalho e a valorização do médico. Nosso sindicato faz luta de forma corporativista, mas sem se distanciar da ética e das boas praticas éticas, com respeito aos pacientes”.
Cláudia Beatriz também lembrou da crise sanitária que adveio com o vírus da covid-19 e disse que os médicos, durante a pandemia, “também tiveram medo, mas venceram os próprios medos, comprovando o nosso compromisso social”. Ela contou que foi uma época difícil, em que os profissionais médicos buscaram conhecimento “em tempo social, ao mesmo tempo que zelávamos pelos pacientes. Fomos uma guarda avançada para combater esse flagelo. Fizemos mudanças na vida de muitos, salvamos muitas vidas e devolvemos muitos pacientes a vida familiar. Também amenizamos muito sofrimento”.
Após o discurso da médica, a palavra foi franqueada para dois homenageados. Mário Lins disse que o vereador Tadeu Calheiros “nos honra na classe política” e ressaltou que ele teve “a honra de presidir o sindicato e fazer parte do Conselho Nacional, que prima pela união das entidades médicas”. Hildo Azevedo, por sua vez, agradeceu pela homenagem. “Pela primeira vez como médico eu me sinto representado nesta casa legislativa”, disse.
Em 14.10.2021.