Ana Lúcia repercute audiência pública que tratou dos efeitos das mudanças climáticas no Recife

A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) repercutiu, na reunião plenária virtual da Câmara Municipal do Recife desta terça-feira (16), uma audiência pública de sua iniciativa, ocorrida semana passada, tendo como tema: Os efeitos das mudanças climáticas no Recife. “Um debate muito rico que contou com a presença de grandes nomes”.

“Repercutir essa audiência pública é muito importante porque tomamos conhecimento, para além de assuntos já conhecidos nossos, como o superaquecimento do planeta, poluição em alta de rios e praias, chamar à responsabilidade cada um e cada uma.  Se não começarmos urgentemente ações práticas, teremos impactos gravíssimos nas próximas gerações”.

A vereadora citou um dos assuntos destacados no encontro: o nível de aquecimento do planeta. “A coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO) à Promotoria do Meio Ambiente, Cristiane Roberta, trouxe ações das quais têm se debruçado nos municípios do nosso estado como a luta pelo fim dos lixões, conscientizando as populações sobre destino consciente do lixo e levando os gestores para debater com a população”.

Ana Lúcia também recordou o projeto de lei, de sua autoria, de número 319/2021, que institui no Recife a “Semana Municipal de Conscientização sobre Mudanças Climáticas”. “Achamos importante que a matéria possa ser colocada em votação o mais rápido possível porque acreditamos muito que é necessário trabalhar o tema em nossas escolas. No sentido de haver a conscientização da educação infantil até o ensino fundamental, estimulando práticas que serão repercutidas nas comunidades”.   

A destinação do lixo na hora correta da coleta e a elaboração de emenda ao Plano Plurianual foram abordados pela vereadora Ana Lúcia. “Tem comunidades onde a coleta passa duas vezes ao dia, pasmem. O cuidado e a preocupação devem existir com o meio ambiente. Essa é uma pauta para ontem. Temos que sair da posição de admiradores. É preciso nos debruçar como cidadãos. Temos uma Emenda ao Plano Plurianual, e que gostaria de contar com o apoio dos demais parlamentares, com a finalidade de promover ações de prevenção e enfrentamento aos impactos advindos das mudanças climáticas”.

Ana Lúcia lembrou que existe uma preocupação no que se refere à construção dos habitacionais na capital pernambucana. “Ficamos sabendo que é muito comum, nos habitacionais, construírem próximas a cisterna (onde tem a água para o consumo) e a caixa do esgoto. Vejam o risco e despreocupação em dar o destino aos dejetos dessas famílias. Muitos edifícios em nossas cidades também são preocupantes”.

No aparte, o vereador Ivan Moraes (PSOL) falou da importância de tratar o tema do meio ambiente e teceu críticas aos governos estadual e municipal. “Não temos um planeta B. Se não cuidarmos do nosso, será o fim da humanidade. Gostaria de aproveitar o momento e fazer uma crítica ao prefeito e ao governador que fizeram até discursos eloquentes, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26). O governo estadual anunciou que mais de R$ 70 milhões de reais serão destinados a obras de mitigação ao aquecimento global. Importante, mas que, na prática, tem sido outra coisa, já que fazia menos de um mês que foi dito sobre a construção de uma escola no valor de R$ 320 milhões de reais de uma Escola de Sargentos que irá derrubar 150 hectares de Mata Atlântica. E quando o prefeito do Recife fala que é ecologicamente correto triplicar a BR-232, não leva em conta que isso faz com que as pessoas andem mais de carro privado. Todo o incentivo em mobilidade precisa ser pensado refletindo todos esses fatores”.

Cida Pedrosa (PCdoB) disse que o Recife tem uma das políticas de sustentabilidade mais avançadas do Brasil. “E não é só discurso. Quando o anterior prefeito, Geraldo Julio, sancionou a Lei de Sustentabilidade onde foi criado um plano municipal de enfrentamento, houve o primeiro inventário de 2012 que já coloca que em nossa cidade tem menos gases no ar, pois trocamos as lâmpadas pelas de LED. Sobre a ampliação da BR-232, tem que investir em outros modais de mobilidade urbana. Com os problemas de engarrafamento e a malha ferroviária ter sido destruída pelos governos militares, todo o nosso transporte de alimentos é feito, infelizmente, pela malha rodoviária”.   

Em 16.11.2021