Cida Pedrosa defende PCR na questão dos parques e praças e fala sobre violência contra mulher
O esclarecimento foi feito na reunião plenária virtual da Câmara Municipal do Recife, realizada na manhã desta terça-feira (14). “A legislação que nós aprovamos, prevê a possibilidade de uma PPP e não de privatização. A PPP é um acordo bem construído e pode ser bom. Pela fala da vereadora que me antecedeu, Liana Cirne, até parece que o acesso das crianças e público em geral aos parques e praças será pago. Parece que as pessoas não poderão mais entrar nas praças. Não é issso”, disse Cida Pedrosa.
Ela afirmou que, por princípio, é contra a privatização de parques, praças e de quaisquer órgãos públicos. “A diferença de uma privatização para uma PPP é que no caso da privatização, entrega-se a coordenação e toda a estrutura do parque à iniciativa privada. No caso, o poder púbico não teria poder de mais nada. Repito, isso não ocorrerá”, esclareceu Cida Pedrosa. Ela disse, no entanto, que espera que a Prefeitura do Recife faça os contratos com regras claras para cada uma das PPPs de parques e praças.
A vereadora também aproveitou o seu tempo regimental para falara sobre a violência doméstica contra a mulher. “Quero me solidarizar com a economista aposentada Maria Eduarda Marques de Carvalho, diante das denúncias de agressão, ameaças e estupro. Não pude abordar esse caso na reunião plenária de ontem, pois não consegui me inscrever para falar”.
Cida Pedrosa afirmou que, ao romper com o ciclo do silêncio e fazer a denúncia contra o ex-marido, o ex-secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco Pedro Eurico, a economista foi desacreditada. “A gente precisa acreditar nas palavras das mulheres quando fazemos denúncias. Existe uma construção de desacreditamento quando uma mulher rompe com esse ciclo. Tentam desqualificar nossa fala. Essa desqualificação é histórica”.
Cida Pedrosa, que é presidenta da Comissão dos Direitos das Mulheres, da Câmara Municipal do Recife, disse que esse colegiado, em conjunto com a Comissão de Direitos Humanos, também da Câmara, vão emitir uma nota oficial para o governador Paulo Câmara. O documento vai pedir “que as denúncias de Maria Eduarda sejam apuradas e investigadas. E que a pessoa que cometeu os delitos seja julgada”.
Em 14.12.2021.