Alcides Cardoso concede voto de aplauso ao Iphan

“Este voto de aplauso visa a reconhecer a importância da decisão do Iphan, que analisou a proposta e aprovou o Forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, além de ter classificado o referido ritmo como um super gênero, pela sua abrangência e por agrupar expressões musicais diversas como o baião, o xote, o arrasta-pé, o xaxado, o coco, o forró e a toada”, justificou o autor do requerimento.

O pedido de consideração de registro das matrizes tradicionais do Forró foi encaminhado ao Iphan em 2011 pela Associação Cultural Balaio do Nordeste e pelo Fórum Forró de Raiz, ambos da Paraíba, sendo endossada, num abaixo assinado, por 423 assinaturas de forrozeiros de todo o Brasil. A partir disso, comunidades de todo país reuniram documentos relacionados e registros audiovisuais para montarem um dossiê do pedido.

Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o super gênero musical nesses locais, com a identificação de festivais sobre a expressão musical. O Forró é o 52º bem registrado no país, e outros gêneros já foram reconhecidos como patrimônios imateriais. O primeiro deles foi o Samba de Roda do Recôncavo Baiano. O Jongo no Sudeste, o Frevo em Pernambuco, o Tambor de Crioula, as Matrizes do Samba no Rio de Janeiro, o Fandango Caiçara, o Carimbó, o Maracatu Nação e o Maracatu do Baque Solto também fazem parte da lista. 

O reconhecimento do Forró como Patrimônio Imaterial aconteceu a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente em 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião.