Hélio Guabiraba sugere assentos especiais para alunos com TDA, TDAH e dislexia
De acordo com o Projeto, os assentos destinados a alunos com TDA, TDAH e Dislexia deverão ser posicionados em locais afastados de janelas, cartazes e outros elementos que causem possíveis distrações. Para garantir o direito será necessária apresentação de laudo médico, emitido por especialista na área de Psiquiatria ou Neurologia, e a manifestação dos pais ou responsáveis legais do aluno.
A Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA) define as três condições indicadas no Projeto como transtornos neurobiológicos, de causas genéticas, que aparecem na infância e frequentemente acompanham o portador por toda a sua vida. E caracterizam-se por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. A Organização Mundial da Saúde estima que cerca de 4% da população adulta mundial têm o TDAH. Só no Brasil, o transtorno atinge aproximadamente 2 milhões de pessoas adultas.
Há estudos no Brasil, realizados por profissionais da Educação, que mostram que 48% dos portadores de TDAH já haviam sido expulsos de colégios onde estudavam; 81% das crianças com TDAH apresentaram desempenho inferior ao esperado para a sua faixa de escolaridade, o que representou um atraso escolar de um ano ou mais; e apenas 19% demonstraram desempenho escolar compatível com o esperado para a sua idade.
“O déficit de atenção/hiperatividade é um quadro psicopatológico complexo e que afeta todo o desenvolvimento psicoemocional, cognitivo e social do sujeito, e, por essa razão, a intervenção junto a ele deve ocorrer em diversas dimensões: sentar o aluno na primeira carteira e distante da porta ou janela, orientar a família sobre o transtorno, evitar situações que provoquem a distração”, explicou Hélio Guabiraba.
Para ele, o aluno com esses transtornos deve sentar na frente, mais próximo ao professor. “Isso é fundamental, porque quanto mais perto do educador, menos fatores a criança terá que tendem a tirar sua atenção e concentração”, reforçou. “Esta iniciativa vai promover a adaptação das Unidades de Ensino e facilitar a aprendizagem dos portadores desses transtornos”.
A proposta recebeu parecer pela aprovação das Comissões de Saúde e de Educação e aguarda o parecer da Comissão de Legislação e Justiça para ser apresentada em plenário ainda neste semestre.
Em 13.01.2022