Parada da Diversidade de Pernambuco é patrimônio cultural imaterial do Recife
O evento surgiu com o intuito de dar maior visibilidade e respeito à população LGBTQIA+. De acordo com o vereador Hélio Guabiraba no texto do projeto de lei Ordinária de número 20/2021, que originou a lei, a proposição não tem como objetivo apenas tornar a Parada da Diversidade de Pernambuco como patrimônio cultural imaterial. “Mas também de reforçar e apoiar a luta da comunidade LGBT por seus direitos e reconhecimentos”, afirmou.
O vereador lembrou que a Parada surgiu em frente ao restaurante Mustang, na Boa Vista. “Um pequeno grupo caminhou, sob os olhos desconfiados da população, com dois trios elétricos, pela principal Avenida do Centro do Recife. Até sua quinta edição, em 2006, a Parada da Diversidade aconteceu no Centro. Com o aumento do público a cada ano e após a reforma da Avenida Conde da Boa Vista, o evento teve que ser deslocado, passando a ser realizado na Avenida Boa Viagem”.
Hélio Guabiraba também lembrou, no texto da justificativa, que as paradas simbolizam resistência. Ele narrou a invasão de policiais em um bar em Nova York, nos anos 1960, que agrediu toda a população LGBTQIA+ presente no local. “A acusação era de que as pessoas presentes violavam o estatuto de vestuário. Uma lei que obrigava as pessoas a usarem, pelo menos, três peças de roupas “apropriadas” ao sexo masculino ou feminino. O bar se chamava Stonewall Inn, localizado em Nova York, nos Estados Unidos. Os clientes eram lésbicas, gays, bissexuais, transsexuais e drag queens. A reação ficou conhecida como A Revolta de Stonewall, um marco na história da comunidade LGBT. Em resposta à violência e ao discurso de ódio, as paradas viraram um símbolo de resistência”.
Em 03.01.2022.