Projeto de Almir Fernando pode tornar o forró Patrimônio Cultural Imaterial do Recife

“Fica declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Município do Recife o Ritmo Musical Forró”. É isso o que quer determinar o primeiro artigo do projeto de lei nº 04/2021, de autoria do vereador Almir Fernando (PCdoB). A proposta, que se encontra em tramitação na Casa de José Mariano e pode reconhecer a importância local de uma das expressões mais importantes do Nordeste, já recebeu pareceres pela aprovação das comissões de Legislação e Justiça e de Educação, Cultura, Turismo e Esportes.

A matéria aguarda inclusão na pauta para ser votada pelo plenário dos vereadores da Câmara do Recife. Caso seja aprovada, segue para a sanção do prefeito.

No texto de justificativa que acompanha a proposição, Almir Fernando diz que o forró não é uma exclusividade local, mas a sua expressão no Recife merece destaque. “Conhecido e praticado em todo o Brasil, o Forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Juazeiro do Norte, Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Teresina, Salvador e, sem sombra de dúvidas, na capital pernambucana”, afirma. “Em virtude da importância do ritmo para o Nordeste e para o Recife, nada mais justo tornar o forró Patrimônio Cultural Imaterial do município”.

O parlamentar destaca, ainda, que o reconhecimento se dá aos vários formatos que configuram o forró atualmente. “Além do forró pé-­de-­serra, também conhecido como forró tradicional, existem outras variações, tais como o forró eletrônico, vertente estilizada e pós­-modernizada do forró surgida no início da década de 1990 que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 1990, que é uma espécie de revitalização do forró  tradicional”.

 

Em 13.01.2022