Cida Pedrosa destaca projeto de sua autoria
"Demos entrada no projeto de lei porque sabemos que nos clubes de futebol impera uma estrutura profundamente machista, LGBTQIfóbica e com uma estrutura extremamente racista. A gente quer que a garotada que começa a aprender a ser atleta, possa ser atleta no futebol e atleta na vida, porque você só é atleta na vida quando você respeita o outro e a outra", informou a parlamentar.
Cida Pedrosa contou ter dado entrada na proposição na época em que o ex-BBB Gil do Vigor sofreu ataques homofóbicos pelo Sport Clube do Recife. "O conselheiro tratou com leviandade e preconceito o fato dele ter feito uma ação junto ao Sport, time que ele torce. Demos entrada naquele momento mas são muitos casos diários, quem vai a clube de futebol sabe. Sou Náutico de coração e na adolescência frequentei muito os jogos, e só se sabe o que a gente sofre numa arquibancada a mulher que vai. Somos extremamente desrespeitadas, e a quantidade de jogadores que ao estarem jogando em campo sofrem racismo porque os torcedores chamam de macaco não é pouca".
A vereadora explicou as disposições da proposta. "O caso de Gil do Vigor é um caso recente", disse, citando outros muitos casos em que foram usadas expressões LGBTQIfóbica ou racistas. "Essa legislação propõe que a garotada a partir dos 17 anos, que é a categoria sub17, receba 36 horas de aula com a carga horária mínima de oito horas para cada tema, que são: conceitos básicos de direitos humanos, igualdade de gênero, igualdade racial e diversidade sexual e afetiva. O que estamos colocando em pauta é um projeto que possibilita a gente construir cidadãos melhores".
Em 21.02.2022