Dilson Batista defende Polícia e enfatiza que a corporação não faz discriminação de raça em abordagens
“O que a gente aborda é que ali se trata de um marginal, independentemente de cor. As pessoas falam como se a Polícia Militar fosse uma arma do governo destinada apenas a matar, e acredito ser uma inverdade. O braço do Estado, quando se fala aqui, são seres humanos e não são máquinas que ligam e desligam. São homens e mulheres pobres, em sua maioria pretos, e não tenham dúvida de que eles sofrem muito mais. Temos que deixar de marginalizar a polícia e entender que ela é um braço do Estado para defender o cidadão e que a sociedade caminhe de fato como sociedade, com paz. A polícia, quando aborda, procura o marginal e não faz mal para a sociedade”.
Dilson Batista citou exemplos de execuções de policiais e criticou a esquerda “por defender marginais”. “Como todos da esquerda falam mal da Polícia Militar, me espanta que no dia 1 de fevereiro encontramos um policial com marcas de faca, sinais de tiro, e tivemos mais 2 policiais mortos. Um com 23 anos, com apenas 3 anos de corporação, com um tiro no peito. Outro com 53 anos foi executado covardemente por três homens na porta da sua casa. A gente tem no Brasil em torno de 700 mil presidiários, de cores diferentes e vindos de muitos países. Temos criminosos, bandidos que só estão ali para fazer o mal. Gostaria muito que a esquerda quando tivesse a coragem de defender tanto um bandido, fizesse a defesa dele em um complexo prisional, e deixasse a segurança de sua casa para ele, ao invés de um policial".
No aparte, Waldomiro Amorim (SDD), que é Guarda Municipal do Recife há 13 anos, diz que já recebeu o chamado ‘baculejo’ no caminho à Câmara do Recife. “Quando se diz que o baculejo tem cor, quero dizer que todas as minhas duplas eram de negros e não escolhíamos a raça nas abordagens policiais. No caminho indo à Câmara, na avenida Sul, três batedores da Rocam me abordaram, coloquei as mãos na cabeça, fizeram o baculejo e terminaram o trabalho. Eles perguntaram onde eu trabalhava , e a resposta deles foi a de agradecimento. Eu disse: negativo. Vocês estão fazendo o seu trabalho. Estão para garantir a segurança do munícipe. Quem não deve, não teme”.
Em 15.02.2022