Ivan Moraes defende políticas de apoio a trabalhadores do Carnaval
Seguindo uma determinação adotada pelo Poder Executivo, a Câmara também manteve o expediente no período momesco em razão do aumento de casos de covid-19 – o que inclui a realização de reuniões plenárias. “Subi à tribuna porque é um dia que vamos reconhecer e lembrar para o resto de nossas vidas. Eu espero que seja a última segunda-feira de Carnaval da história do mundo em que tenhamos que nos reunir. Não é dia de reunião. Seria dia de festa, de estar na rua”, disse Moraes.
De acordo com o vereador, o investimento público é essencial para manter a tradição do Carnaval recifense viva. “O Carnaval é o que mais se parece com o mundo que a gente quer construir. No Carnaval, ninguém sabe se é médico, ambulante, faxineira. O que sabemos é que estamos na rua. É uma festa que tem que ser protegida e cuidada. Não podemos esquecer de cuidar de quem faz essa festa. Quem faz o Carnaval – nossos maestros, blocos, clubes, passistas, costureiros e costureiras, pessoas que trabalham com a produção – precisa sobreviver para que nós possamos sobreviver. Para que o Recife seja o Recife, tem que haver Carnaval. E o Carnaval real, que é o de rua, merece política pública e atenção o ano inteiro”.
Ivan Moraes afirmou, ainda, que a lei do Plano Recife AMA Carnaval, que vai distribuir mais de R$ 10 milhões para até 20 mil pessoas ligadas ao ciclo festivo, foi um avanço. Mas, segundo ele, é preciso garantir que categorias não atendidas sejam incluídas de alguma forma, em especial os trabalhadores do comércio informal. “Comparando com a do ano passado, é uma lei muito melhor. Traz mais recursos, abrange mais setores do nosso Carnaval. Mas ela tem uma lacuna. Precisamos fazer um esforço e dizer que nem todas as categorias foram contempladas. Não contemplamos produtoras, as pessoas que apresentam os palcos da Prefeitura e, principalmente, quem tem mais sofrido. Precisamos de algum tipo de auxílio para as pessoas do comércio popular. São centenas de pessoas que, no Carnaval, conseguem o ganha-pão para passar dois, três meses”.
Em 28.02.2022