Luiz Eustáquio discute voto de aplausos para jornalista autora da reportagem "Baculejo tem cor"
Para ele, o voto de aplausos trata sobre duas questões. "A cor e o foco principal da homenagem que, ao ver da vereadora e ao meu, sim, a discriminação existe na sociedade como um todo e, sem dúvidas, a abordagem tem cor, é assim que eu vejo".
Luiz Eustáquio salientou não estar criticando a polícia. "Se não entendermos isso estamos sendo cegos, estamos em outra sociedade, vivemos em outro lugar, porque no lugar que a gente vive a realidade é essa. Não estamos aqui para levar um conceito contra a Polícia Militar, Polícia Civil, Guarda Municipal. Existem cidadãos nos órgãos, existem pessoas que realmente não mereciam estar usando farda e nem estar onde estão".
O vereador contou ter sido vítima de violência por ser negro. "Em todos os locais da sociedade existem pessoas boas e pessoas ruins, sem dúvida nenhuma. O racismo é real, fui menino de favela, passei dificuldade e muitas abordagens, até apanhar dentro da favela com 14 anos de idade porque eu estava na rua e não tinha documento".
Em aparte, o vereador Osmar Ricardo (PT) corroborou com Eustáquio. "A gente vê constantemente policiais invadirem casas de pessoas pretas. O negro sofre mais do que o branco em todos os sentidos. Não quero dizer que os policiais são ruins, mas eles sabem para onde estão apontando".
Em 15.02.2022