Luiz Eustáquio sugere que nome de creche no Alto José do Pinho seja “Dona Detinha” e lamenta invasão de igreja

De autoria do vereador Luiz Eustáquio (PSB), o requerimento nº 628/2022 dirige indicação ao prefeito para que a próxima creche a ser construída no bairro Alto José do Pinho, na Zona Norte, seja denominada “Creche Dona Detinha”, uma líder comunitária bastante atuante na região. O parlamentar fez questão de abordar a matéria durante a reunião Ordinária da Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (8). Outro assunto também discutido por ele, foi o voto de repúdio a um vereador de Curitiba que invadiu uma Igreja Católica durante uma missa.

“Um requerimento com muita importância que reconhece a luta de uma pessoa que, durante toda a sua vida, lutou no Alto José do Pinho. Dona Detinha era uma líder comunitária que teve um trabalho voltado à comunidade, uma vida devotada e ajudou parlamentares e prefeitos a perceberem as melhorias que deveriam ser feitas para aquele bairro. Ela vivia o significado do amor ao próximo”.

Luiz Eustáquio confessou que todas as lideranças do Alto José do Pinho têm colocado o desejo de ver que a próxima creche receba o nome de Dona Detinha e pontuou que o prefeito João Campos é sensível ao pleito. “Essa proposição, caso aprovada, será levada ao prefeito e muitas pessoas, inclusive, já falaram com João Campos porque significa muito para aquele povo. O local da creche já está garantido. O pedido da população é para que tenha o nome da líder comunitária, mãe de 11 filhos, comprometida com a luta e história do seu bairro. Peço aos vereadores que aprovem o requerimento”. Após o encerramento da fala, o plenário aprovou o requerimento.

Voto de Repúdio-  Sobre o requerimento nº 683/2022, de autoria do vereador Renato Antunes (PSC), que trata de um voto de repúdio ao vereador de Curitiba Renato Freitas (PT) que liderou uma invasão da igreja Nossa Senhora do Rosário, em Curitiba, no último sábado (5), durante uma missa, interrompendo a celebração, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) dirigiu-se à tribuna da Casa, nesta terça-feira (8), para lamentar o ocorrido. “Esse tema é muito importante porque seja vereador, ou quem for, ninguém pode querer atrapalhar um culto religioso. Isso é contra a lei, perigoso e é uma questão de fé e esperança. Quando você faz um ato político, em qualquer espaço religioso, você está ofendendo as pessoas e tem que ser repudiado. A intolerância religiosa é algo que vamos enfrentar durante toda a nossa vida e não pode ser tida como algo pequeno. Nós precisamos sim questionar e o voto de repúdio é bem empregado neste caso”.    

Luiz Eustáquio refletiu que a questão da perseguição religiosa ocorre há muitos anos e recordou atos preconceituosos. “E quantos não foram mortos nessas perseguições religiosas? Uma amiga que é católica, me disse uma vez que no interior os católicos jogavam pedras nos evangélicos. Mesmo que eu não acredite, eu respeito as pessoas que acreditam em santos. Recordo também que um pastor ficou chutando uma imagem de uma Santa na televisão, e ele foi transferido para a França.  Infelizmente esses atos acontecem e não devem ser tolerados por ninguém”.

O vereador Jairo Britto (PT), no aparte, disse que foi a invasão à igreja foi algo pontual e não adiantava as pessoas correlacionarem ao Partido dos Trabalhadores (PT). “O PT é o maior da América Latina e não serão 10 ou 20 militantes, que entraram com bandeiras, que representam o partido”.  O vereador Dilson Batista (Avante) enalteceu que não deveria atribuir a violência do país a um partido. “Tem que atribuir às pessoas que cometem um crime. Elas são criminosas. Aquela pessoa é um marginal que trata a religião como se fosse um nada, um total desrespeito”.

Em 08.02.22