Osmar Ricardo comenta greve da Polícia Civil

O vereador Osmar Ricardo (PT) teceu críticas ao Governo do Estado de Pernambuco e defendeu a greve da Polícia Civil. Na reunião Ordinária da Câmara do Recife desta terça-feira (22), o parlamentar disse que o servidor público tenta dialogar com o governo para buscar alternativas para os problemas. "O que a gente vê nas delegacias é um abandono, banheiro sem funcionar, algumas delegacias sem portas. A situação dos policiais é muito precária", afirmou.

Osmar Ricardo se mostrou solidário à greve e lamentou a exoneração, em janeiro do ano passado,  do comissário da Polícia Civil, Áureo Cisneiros, ex-presidente do Sindicato dos Policiais Civis. "Somos solidários à greve da Polícia Civil, ao movimento grevista e acreditamos que é importante buscar diálogo com um governo". 

O parlamentar falou, ainda, sobre a questão do piso salarial dos professores da rede municipal de ensino. Lembrou que o Governo Federal deu 33% de reajuste. "O prefeito João Campos, até agora, só ofereceu 10% ao sindicato. Isso mostra o desgoverno do PSB com o serviço público, com os trabalhadores e com aquele que faz a segurança". 

Em aparte, o vereador Samuel Salazar (MDB) defendeu que a mesa de negociação da Prefeitura do Recife está aberta. "Quero deixar claro sobre os professores que a mesa de negociação da Prefeitura está constantemente aberta. A secretária de Educação e de Administração da Prefeitura está com a mesa escancarada para dialogar com o sindicato dos professores". 

Por sua vez, o vereador Renato Antunes (PSC) pontuou as divergências ideológicas com Osmar Ricardo, mas salientou concordar com o discurso do parlamentar. "Vossa Excelência é um homem de coragem de subir a esta tribuna e falar a verdade". O vereador Doduel Varela (PSL) disse conhecer a estrutura da Polícia Civil. "Tenho certeza que o Governo do Estado vai abrir as negociações e resolver esse impasse, porque nem é bom para o governo, nem para os policiais e nem para a sociedade". 

Já a vereadora Dani Portela (PSOL), detalhou sobre a necessidade da valorização das carreiras. "A gente não pode esquecer que nesse momento a luta é uma gestão de um partido que tem o 'S' de socialismo no nome, que deveria entender a luta de classes que está posta. O trabalhador precisa de segurança e estabilidade, de uma carreira que seja respeitada". 

Em 22.02.2022