Dani Portela defende requerimentos de Cida Pedrosa
Um dos requerimentos foi o de número 2644/2022, concedendo voto de aplausos e congratulações à Casa do Cordel Mulheres Cordelistas por sua produção cultural na literatura de cordel protagonizada por mulheres e luta contra o machismo enfrentada pelas cordelistas. O outro requerimento é o de número 2645/2022, que concede voto de aplausos e congratulações a diversos coletivos e entidades: Coletivo Editorial de Petrolina, Projeto Mãos Solidárias, Centro Cultural Mulheres Rendeiras, Coletivo de Mulheres Xukuru, Coletivo de Mulheres de Buíque, Centro de Mulheres de Ribeirão, e Articulação de Mulheres da Mata Sul pela contribuição na luta pelos direitos e emancipação das mulheres.
Dani Portela expandiu a defesa dos requerimentos, que foram aprovados em plenário, para falar sobre outras questões políticas. Iniciou o discurso lembrando que Cida Pedrosa referiu-se, em discurso proferido anteriormente na Câmara, que foi perseguida durante o regime militar. “Já no meu caso, todo mundo sabe que sou filha de um ex-preso político, que foi torturado. E quando a vereadora Cida Pedrosa fala em defender a nossa democracia, que é tão recente, a gente não pode esquecer a militante do partido dela, a comunista Júlia Santiago”. Julia foi a primeira vereadora do Recife, no início da década de 1960.
Dani Portela afirmou que, em conjunto com Cida Pedrosa, vão protocolar um projeto de lei em defesa da memória de Júlia Santiago. “Ela foi a primeira comunista vereadora desta casa. E era uma negra como eu, que não aceitou os conservadores chegarem na história desta cidade. Que não aceitou uma ditadura que prendeu, torturou e matou mulheres. Ela foi uma voz que, desta tribuna, silenciou a direita de Pernambuco”. Julia Santiago, disse Dani Portela, esteve ao lado do ex-governador Miguel Arraes no momento do golpe. “É uma companheira de luta como Cida. Mas, a direita e o conservadorismo que dividem a nossa luta serão derrotados no País”, disse.
Em 21.03.2022.