Dani Portela enfatiza Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial
A data, segundo Dani Portela, remete-se ao Massacre de Sharpeville, na África do Sul, em 1960, onde 20 mil negras e negros desafiaram, em Joanesburgo, a nefasta Lei do Passe, que obrigava a população negra a portar um cartão que continha os locais onde era permitida a sua circulação. “Naquele momento houve um massacre e 69 pessoas foram mortas”.
A parlamentar citou um artigo publicado no Diario de Pernambuco, de Mônica Oliveira, da Coordenação da Rede de Mulheres Negras de Pernambuco, da Articulação Negra de Pernambuco e da Coalizão Negra por Direitos, com o título ‘Faremos Palmares de Novo’. “Esse dia 21 de março precisa ser trabalhado em nosso país, segundo o artigo. A autora aponta alguns dados, como o de Pernambuco ter a maioria constituída por negros, negras, pardos e pardas no país. Não por acaso, a maioria dos desempregados é formado de pessoas negras. E, não por acaso também, a violência contra a mulher negra só aumenta”.
A vereadora também recordou uma audiência pública virtual contra a instalação de câmeras de reconhecimento facial. “Realizamos uma audiência pública com várias entidades presentes e mais de 100 pessoas assistindo, para discutir [se posicionar] contra as câmeras de identificação racial. Não ao racismo, não à discriminação. Se Palmares não vive mais, faremos Palmares de novo”, destacou.
Em 22.03.2022