Tadeu Calheiros discute dois requerimentos de sua autoria
Tadeu Calheiros destacou uma pesquisa realizada pelo seu mandato com mais de 100 profissionais de saúde da Prefeitura e que, a partir destes dados, foi feita e divulgada uma nota técnica. "É impressionante o que tivemos e queria dividir com todos vocês essa nota, que vai estar disponibilizada nos nossos meios de comunicação. Sabemos que os profissionais de saúde enfrentam várias dificuldades para exercer seu trabalho, sabemos que a síndrome de Burnout atinge a classe de saúde, em seguida os policiais e bombeiros. A taxa de suicídio dos profissionais de saúde é bem maior do que quem não faz parte da área, e chamamos atenção aos impactos da pandemia de forma global".
De acordo com ele, os dados são preocupantes. "Como resultado desse levantamento, 79% de cada 100 profissionais dizem se sentir nervosos, tensos ou preocupados; 68% dormem extremamente mal, e mais de 60% afirmam se sentir cansados o tempo todo, e isso chama muita atenção. Estamos falando de profissionais que estão nas nossas emergências e nos ambulatórios. Se não tratarmos da saúde mental deles, teremos grande número de profissionais adoecidos e isso tende a prejudicar o trabalho e diminuir o corpo assistencial", detalhou.
O parlamentar afirmou que, com base nessas informações, propôs o requerimento número 1659/2022, que visa implementar uma pausa laboral de uma hora durante a jornada de trabalho, com periodicidade a ser definida pelo Poder Executivo, em prol da saúde mental dos servidores da rede pública de saúde do Recife. "Algumas empresas fazem exercícios laborais de uma hora por semana para não ter adoecimento de trabalho, com movimentos repetitivos. É importante que se invista em práticas com profissionais para trazer um arrefecimento, um pouco mais de qualidade àquele profissional. Uma pausa laboral de uma hora com periodicidade semanal pode demonstrar que algo está sendo feito para a saúde mental do profissional".
O segundo requerimento destacado pelo parlamentar foi o de número 1660/2022, que pede uma ação de vacinação infantil itinerante, tal qual já ocorre com a aplicada contra a covid-19. "No Brasil houve uma queda no percentual de cobertura vacinal entre 2015 e 2020, de 97% para 75%. O ideal é que fique acima de 90%, e a pandemia só agravou o que já era percebido mesmo antes dela. No Recife, o Executivo colocou uma meta de atingir uma cobertura vacinal igual ou superior a 95% em cada uma das quatro vacinas selecionadas: pentavalente, pneumocócica, poliomielite e a tríplice viral. Vacinas comuns do calendário das nossas crianças e a meta não foi atingida em nenhuma delas em 2021. A ideia é adotar um modelo parecido com o "carro do ovo", e que a gente faça um carro itinerante para a vacinação, já que esse modelo teve sucesso contra a covid-19", afirmou.
Em 01.03.2022