Ivan Moraes responde a voto de repúdio

Em resposta ao requerimento nº 4514/2022, de autoria do vereador Fred Ferreira (PSC), concedendo "voto de repúdio à incitação, realizada pelo vereador Ivan Moraes (PSOL), à legalização da maconha por meio de outdoors espalhados no Recife", Ivan Moraes disse que “se ele acha que fiz algo errado, não deveria fazer um protocolo de um pedido de repúdio. Deveria representar na Comissão de Ética e esta deveria investigar. Não darei palco para ataques a essa nossa pauta tão necessária”. O assunto foi abordado na reunião plenária da Câmara Municipal do Recife desta segunda-feira (25). A proposição foi rejeitada pela maioria dos vereadores, foram 22 votos não, oito sim e uma abstenção.

Ivan Moraes ressaltou a importância de discutir a legalização da cannabis e pontuou que a planta é usada para fins medicinais, porque ajuda na qualidade vida de muitas pessoas. “Uma planta, um ser vivo da natureza, conhecida pela humanidade há mais de dois mil anos, utilizada amplamente em cerimônias religiosas e cada vez mais milhares de pessoas têm procurado para cuidar de suas doenças, de suas patologias. Vamos defender para que menos pessoas sejam presas, que mais tenham saúde, para que o Estado, ao invés de gastar fortunas para prender gente, ganhar fortunas com impostos e melhorar a qualidade de vida de milhares. Essa é uma discussão que me agrada fazer: Legaliza! Remédio, trabalho e renda para quem precisa. Sobre os ataques eu não falo, falo da pauta importante que está na ordem do dia e precisa ser central na defesa dos direitos humanos no nosso planeta”.

No aparte, a vereadora Dani Portela (PSOL) disse que não esperava um requerimento com teor de moção de repúdio a um colega do legislativo e que participou com Ivan Moraes de uma audiência pública sobre o tema da legalização na Assembleia Legislativa de Pernambuco. “Fiquei surpresa ao receber a Ordem do Dia e ver em uma Casa Legislativa uma moção de repúdio a um colega vereador. Isso é uma prova de falta de consideração e respeito com a Casa de José Mariano. Não é esse o instrumento, como bem falou Ivan Moraes, oportuno para repudiar. O outdoor com a mensagem de Ivan Moraes está dentro da legalidade. Participamos na Assembleia Legislativa de uma audiência pública, lotada, e nos deparamos com a seguinte frase: Quem tem dor, tem pressa. É importante legalizar essa planta para uso medicinal. É um debate que deve ser pautada na ciência e hoje vários países estão discutindo”.             

 Em 25.04.2022