Michele Collins pede apoio a dois requerimentos de sua autoria
O segundo requerimento, de número 4356/2022, dirigiu indicação à Secretaria de Saúde para criar procedimento similar a um prontuário médico que contenha todas as informações registradas no Centro de Atenção Psicossocial (CAPs), nos atendimentos a crianças e adolescentes jovens com autismo e outras condições para auxiliar as famílias. “Peço a todos que votem favoravelmente porque ambas matérias buscam promover o atendimento necessário para crianças e adultos que têm o espectro autista”.
Michele Collins informou que no dia quatro de abril passado realizou audiência pública com familiares de pessoas com autismo e militantes da causa, e que também contou com a participação de alguns vereadores. “Ouvimos as pessoas para entendermos a realidade que elas enfrentam. Chegamos à conclusão que é urgente que a gestão adote políticas públicas especificas para cuidar dessas pessoas”.
De acordo com a vereadora, de cada 60 pessoas, quatro têm o espectro autista no Brasil. “Muitas pessoas, inclusive, estão se aceitando com o espectro depois de adultas, quando os sintomas começam a se manifestar”, disse. O atendimento público a essas pessoas, no caso do Recife, segundo ela, ocorre nos Caps. “Mas, para nós que acompanhamos o serviço diário dos CAPs, sabemos que eles não têm condições de fazer o atendimento diário a essas pessoas. Além disso, os profissionais nem sempre são adequados ou específicos”.
Nesse sentido, ela disse que aproveitava para pedir que “se fortaleça a política dos Caps, para que eles possam desempenhar o seu papel com excelência”. Em contrapartida, também reforçou o pedido “ao governo municipal no sentido de implantar o centro de referência para crianças e adultos”. Esses centros, disse, poderão ter psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, para viabilizar o tratamento. “Eles também podem contar com o apoio de organizações da sociedade civil que já trabalham com o autismo”.
Em 25.04.2022.