Rinaldo Junior convoca para manifestação do Dia do Trabalhador

O vereador Rinaldo Junior (PSB) ocupou a tribuna da Câmara Municipal do Recife, na reunião plenária híbrida desta terça-feira (26), para lembrar que o próximo domingo será o 1º de Maio, Dia do Trabalhador. “Quero deixar nossa mensagem a todos e todas que continuam tendo os seus direitos retirados e vem perdendo, a cada dia, as condições dignas de trabalho”, disse. O parlamentar lembrou que a data foi criada através do decreto 4.859, de 26 de setembro de 1924, assinado pelo então presidente Arthur da Silva Bernardes. Mas, com a criação da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), através do Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, na gestão de Getúlio Vargas, a data terminou sendo mantida nesse dia.

“O Dia do Trabalhador é comemorado com manifestações convocadas pelas principais centrais sindicais do Brasil para reivindicar melhores condições de trabalho e neste domingo não será diferente”, afirmou. Rinaldo Junior convocou a todos para um ato que ocorrerá no Recife Antigo, nas proximidades da Receita Federal. “Temos muito a lutar, pois o país está enfrentando uma crise política e financeira sem precedentes”, disse. Ele lamentou que, apesar da situação do País, muitas pessoas estão numa situação de letargia. “As pessoas estão como se fossem anestesiadas. Temos que ir para as ruas, reivindicar direitos. No Dia do Trabalhador nós não temos o que comemorar, mas somente a lamentar”.

O vereador disse que hoje “existem quase 10 milhões de desalentados no Brasil, que são aqueles que perderam as esperanças e não vão mais em busca de emprego”. Além disso, a taxa de desemprego é de 14,4%, ou seja, quase 15 milhões de desempregados. “Uma verdadeira tragédia”. O vereador citou alguns motivos para lamentar a situação do trabalhador. “O trabalhador é vítima de uma reforma trabalhista, reforma da previdência, precarização do trabalho, perdas salariais, pandemia e longas jornadas, sem falar do achatamento do salário mínimo e da inflação desenfreada. Há um aumento de forma assustadora no preço dos combustíveis, do gás de cozinha, do pão e de todos os principais alimentos essenciais para a nossa sobrevivência”, disse. Ele lembrou que a reforma trabalhista foi vendida como solução da crise “que se aprofunda desde o golpe de 2016”.

Rinaldo Junior também afirmou que, com o advento da pandemia, houve um agravamento das crises financeira e trabalhista, que ocasionou uma “longa depressão brasileira, com a falta de uma política clara de combate à pandemia por parte do governo Bolsonaro”. Segundo ele, todos esses fatores tiveram um impacto direto na classe trabalhadora. Ele lamentou que, apesar de tudo isso, o governo federal não tem uma política de governo em defesa do trabalhador. “Com o isolamento da pandemia, vimos crescer o trabalho remoto virtual, o Uber, e o aumento de pessoas que trabalham nos delivers de forma precarizada. Todos com poucas ou nenhuma garantia trabalhista”.


Em 26.04.2022.