Ana Lúcia diz que delegacias de polícia voltaram a receber queixas sobre crimes na internet

A vereadora Ana Lúcia (Republicanos) informou que a 10ª Vara Criminal do Recife tomou uma decisão inédita no País: a partir de agora, as vítimas que tiverem o perfil da rede social invadido podem voltar a procurar a polícia Civil de Pernambuco para solicitar a recuperação, sem que seja preciso ingressar com ação judicial. “Com essa decisão, as empresas como Facebook, Instagran ou WhatSapp terão um prazo de até 72 horas para desativar as contas invadidas e assim dar condições de seus reais proprietários as retomarem”.

O discurso da vereadora, com essa informação, foi feito na reunião plenária híbrida, da Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (10). Ela disse que a decisão da 10ª Vara Criminal do Recife vai facilitar a vida dos usuários e relatou que até março do ano passado, a plataforma Help Media, que administra as plataformas virtuais, aceitava ofícios enviados pelas delegacias, desativava contas falsas ou promovia a recuperação dos perfis invadidos. “No entanto, a partir daquele mês, a empresa mudou as normas internas e passou a recusar os pedidos”.

Esta decisão, tomada ontem, segunda-feira (9), portanto, é inédita e abre jurisprudência para todo o País.  De acordo Ana Lúcia a decisão foi originada a partir de uma iniciativa do delegado Eronildes Menezes. Ele teria procurado o Ministério Público de Pernambuco para acionar a justiça por causa do crescimento do número de crimes em redes sociais. “De acordo com a polícia, após a invasão das contas, os criminosos modificam os e-mails e telefones cadastrados das vítimas, e tentam fisgar novas vítimas por meio de estelionato e fraudes eletrônicas”.

“O delegado disse que o juiz deferiu o pedido efetuado pela delegacia de crimes cibernéticos para que o Facebook e o Instagram voltem a aceitar os ofícios da polícia civil para recuperação de contas ou desativação de contas falsas”, afirmou.

A vereadora Ana Lúcia explicou que os crimes verificados nas redes sociais têm a seguinte tática: “Os criminosos se fazem passar pelos proprietários dos perfis para aplicar golpes. Eles dizem que estão vendendo produtos de grandes magazines e levam, muitas vezes, entre R$ 5 mil e R$ 10 mil das pessoas. Essas, por sua vez, fazem as compras achando que estão negociando com amigos e familiares”, disse.


Em 10.05.2022.