Ana Lúcia lembra da importância do respeito ao contraditório
O projeto de resolução, de autoria do vereador Osmar Ricardo (PT), foi aprovado na reunião plenária híbrida, da Câmara Municipal do Recife, realizada nesta segunda-feira (23). “Os diferentes podem e devem conviver em todos os ambientes, pois temos o direito de discordar ou concordar. Por isso, entendo que é triste, sobretudo em tempos recentes, essa intolerância. Sou uma mulher conservadora e convivo bem com quem pensa contrário a mim. Mas não vou aceitar intolerância e nenhuma manifestação de desrespeito contra os parlamentares”.
Ana Lúcia afirmou que, a princípio, não teria dificuldade de aprovar a criação de uma frente parlamentar em defesa da cidadania LGBTQIA+. “Mas não posso concordar com a forma de manifestação das galerias quando ouve o contraditório. Até porque, toda unanimidade é burra. O contraditório, pode. O que não pode é tratar com desrespeito um parlamentar só porque ele pensa diferente. Qualquer desrespeito a um parlamentar é antidemocrático”.
A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) pediu aparte e lembrou que os papéis das galerias e dos parlamentares, numa reunião plenária, são diferentes. “A sociedade é um cabo de aço: tem interesses diversos. Às vezes esse cabo de aço vai para um lado ou para o outro. As galerias estão aqui para tensionar, para fazer valer seus direitos. Isso é a democracia, se não houvesse, não havia essa arena, essa possibilidade. Nós, que estamos aqui, temos obrigação de compreender isso”.
A vereadora Michele Collins (PP) também pediu aparte e afirmou que defende o direito de as pessoas dizerem o que quiserem, mas não o desrespeito. “As pessoas podem fazer qualquer gesto. É um direito. Mas a intolerância não podemos aceitar. Precisamos entender o colega desta Casa. É importante que o colega seja respeitado. Se estamos falando de uma frente, não podemos dar as costas. Até porque esse é um espaço de debate”.
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Em 23.05.2022.