Ana Lúcia pede vacina, conscientização e força-tarefa contra surto de doenças respiratórias em crianças

Segundo Ana Lúcia, o Poder Executivo já adiantou que planeja uma operação especial para manejar o problema. “É nos meses de março a junho que temos a sazonalidade das gripes, das infecções respiratórias por vírus. Neste momento, as famílias precisam do acolhimento, do atendimento devido e, se o caso se agravar, uma UTI”, contextualizou. “Mas o surto que está acontecendo hoje é atípico. Quando acontecem situações atípicas na saúde, é preciso que a gente tenha uma força-tarefa”.

A vereadora afirmou que a Policlínica Salomão Kelner conta com uma estrutura de qualidade e é bem avaliada pelos usuários, mas que está sobrecarregada por conta da demanda proveniente da USF Tia Regina, que se encontra em obras. “Quando estive na Salomão, que tem profissionais de ponta, [vi que] a Policlínica estava lotada. E todos os pacientes sendo atendidos. Claro, tem muita coisa que precisa melhorar com relação à infraestrutura, mas as famílias que ali chegaram estavam sendo atendidas, inclusive o público da Tia Regina”.

De acordo com a parlamentar, é preciso que a Prefeitura diminua a faixa mínima de vacinação dos seis meses para os três meses de idade, visto que as doenças respiratórias têm afetado principalmente os recém-nascidos. Além disso, seria necessário lutar contra a circulação de desinformação contra a vacina, o que tem desencorajado familiares a imunizarem suas crianças. “Aproveitei para conversar com várias mãezinhas que estavam com bebês recém-nascidos naquele local. Perguntei se sabiam do surto, que era importante procurar unidades mais próximas de casa para evitar deslocamentos e a proliferação da virose. A gente percebe muita falta de informação. A gente também percebe a baixa adesão à vacinação nas unidades de ensino. As famílias estão, infelizmente, com o estigma de que a vacina não surte efeitos nas crianças”.

Em aparte, o vereador Tadeu Calheiros (Podemos) também salientou a necessidade de investir na imunização e na conscientização em relação às vacinas. “A gente precisa adotar a vacinação dentro das escolas. Temos um projeto de lei que tramita nesta Casa para que cada escola tenha uma semana de vacinação. Isso não vai onerar, estaremos com o próprio corpo de profissionais que já existe”, defendeu. “E não é só o ato de vacinar. Isso tem que vir junto com a educação, porque tem que ter a autorização dos pais. Sem educação, a gente não vai mudar. Temos só 15% de cobertura contra a gripe”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 24.05.2022