Ivan Moraes pede realização de espetáculos a preços populares no Teatro do Parque

Ao discutir a proposta, Moraes afirmou que o subsídio semanal de R$ 10 mil a artistas e grupos que se apresentassem no Teatro resultariam no custo de pouco mais de R$ 500 mil anuais aos cofres públicos municipais – que, por sua vez, conta com um orçamento anual para a cultura que gira entre R$ 50 milhões e R$ 80 milhões, de acordo com ele.

Em seu discurso, o parlamentar recuperou o período anterior à reforma do Teatro do Parque em que o equipamento oferecia sessões de cinema e espetáculos musicais a preços populares, como forma de promover o acesso à cultura. Ele repercutiu, ainda, a apresentação recente de um grupo de teatro que se apresentou no local com a cobrança de entradas a R$ 1. “Fomos a uma sessão especial, promovida pelo grupo Magiluth no último dia 29 de abril, e vimos o teatro lotado de pessoas que pagaram R$ 1 para assistir ao espetáculo ‘Estudo nº 1: Morte e Vida’. Deu para perceber que, quando o povo pode, comparece”.

Em aparte, a vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) mostrou concordância com o pedido do colega e disse que a medida pode ajudar a manter viva a cadeia cultural recifense. “Todo mundo que viveu o centro da cidade, viveu o Cinema do Parque a R$ 1. Isso democratiza a cultura. A gente precisa, de verdade, levar ao povo cultura boa a preço de custo. Pagar R$ 1 é simbólico, para que a pessoa aprenda que a cultura tem um custo. Mas o poder público subsidia. Quando a gente fizer isso, e espero muito que o requerimento seja acatado pela Prefeitura, a gente vai fazer com que as peças de teatro e performances possam ter recursos financeiros”.

Recomendações sobre a vacina – Outro requerimento de Ivan Moraes aprovado pela Câmara nesta terça-feira foi o de nº 5096/2022, que faz algumas recomendações à Secretaria de Saúde do Recife no que diz respeito à vacinação contra a covid-19.

Na tribuna, o vereador lembrou que um estudo feito por sua equipe no ano passado detectou dificuldades de acesso ao imunizante para a população das periferias da capital, o que indicava a necessidade de campanhas e mutirões dedicados a esse segmento. Agora, o parlamentar afirmou ter elaborado outro estudo que demonstra a necessidade de capilarizar a imunização e informar a população sobre os riscos de não se vacinar.

“Entendemos hoje que talvez não faz mais tanto sentido ter centros de vacinação específica para a covid-19 pela cidade. Talvez esteja na hora de trazer essas vacinas para o postinho, que existe em todo bairro tem acesso. Também estamos sugerindo que a Prefeitura continue fazendo campanhas e mutirões”, defendeu. “Uma outra sugestão é que a Prefeitura coloque nos boletins epidemiológicos o percentual de pessoas que estão se infectando com covid-19 e vindo a óbito e que não se vacinaram. Temos conhecimento com as pessoas que estão na linha de frente de que os poucos óbitos que ainda ocorrem se dão principalmente entre pessoas que não se vacinaram”.

Em 10.05.2022