Liana Cirne critica postura de juíza em caso de criança grávida após estupro

“O Brasil é um país onde ser criança é crime e onde ser pedófilo é premiado. Ontem uma criança teve negado um direito em vigor no país há 82 anos, o direito da interrupção da gestação em caso de estupro ou de colocar a vida da gestante em risco, que obviamente é o caso de uma criança”.

Liana afirmou que a criança foi violentada não apenas pelo estuprador, mas também pela juíza e pela promotora do caso. “O que nós vimos foi uma juíza, junto com a promotora de justiça, que só tinha uma única função institucional na audiência de instrução, que era representar o melhor interesse da criança, manipular os sentimentos de uma criança que sequer sabia o que estava acontecendo”.

A vereadora também demonstrou indignação com as perguntas feitas pela juíza, ao chamar o homem que estuprou a criança de “pai do bebê” ou questionar se a mãe dela não a explicou sobre estupro. “Pai? Estuprador não é pai! Estuprador é criminoso! Este homem é um pedófilo. Ele não é pai, nunca será. E que mãe iria explicar a uma criança de 10 anos como agir em caso de estupro? Ninguém com o mínimo de decência consegue imaginar sua filha sendo estuprada”, afirmou.

Liana Cirne lembrou que caso semelhante aconteceu no Recife, em 2020, quando uma criança de dez anos, estuprada pelo tio, foi abordada com xingamentos na porta do hospital onde foi realizar o procedimento de interrupção da gravidez. “Esse país precisa parar de ser um país que premia pedófilos e pune crianças. É nosso dever salvaguardar a infância. A política tem que ser de tolerância zero contra a pedofilia e contra qualquer violência contra a infância”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 21.06.22