Ronaldo Lopes pede limpeza de canal na avenida Canaã
Ao subir à tribuna, Lopes contextualizou os problemas que os moradores enfrentam no local. “Nas últimas chuvas, aquela população sofreu bastante. O rio Morno transbordou e 90% daquelas casas tiveram água entrando. As pessoas perderam seus móveis, seus bens, que lutaram para conquistar com anos de trabalho e esforço”.
De acordo com ele, a Prefeitura atua na região, mas existem melhorias a serem feitas no serviço desempenhado pela Emlurb. “Como temos um trabalho naquela região, vimos sempre que a Prefeitura realiza a limpeza daquele canal. Mas existem alguns trechos, principalmente no final da Vila Canaã, em que o trabalho não é feito como deve, de forma manual e artificial. Com isso, não adianta limpar um trecho e a outra parte ficar sem ser limpa. A água vai procurar um caminho, não vai achar, e vai invadir as casas, como aconteceu na última enchente”.
Outra questão apontada pelo vereador é a necessidade de um trabalho de remoção de algumas estruturas que têm dificultado o escoamento do canal, o que exigiria um trabalho em conjunto com a Secon. “O que ouvimos de alguns profissionais [da Emlurb] é que não poderiam fazer o trabalho de forma eficiente ali porque muitas vezes foram ameaçados por alguns moradores, pessoas que diziam que não poderiam tirar nem os barracos e barracas que existem ali, nem as plantas. A gente pede que a Secretaria de Controle Urbano possa fazer esse trabalho coletivo com a Emlurb. A secretaria tem que atuar, não só para conscientizar, mas para tirar tudo aquilo que impede a passagem da água”.
Em aparte, a vereadora Ana Lúcia (Republicanos) indicou mais um desafio à gestão da drenagem de Passarinho: sua localização, no limite com o município de Olinda, tem criado justificativas burocráticas para a falta de atuação dos Poderes Executivos na área. “Talvez a Prefeitura do Recife e os seus órgãos precisem se reportar também para fazer algo em conjunto com a Prefeitura de Olinda. Ali tem um jogo: não faço porque é Recife, e Recife diz que não pode ir até ali porque é Olinda. E a população é quem sofre. Visitamos algumas casas e tem ruas que, mesmo que não chova, nesta manhã a água está lá empoçada, na altura acima do joelho. A população continua com o pé na lama, dentro da água, sem acesso a algumas localizações”.
Já o vereador Renato Antunes (PSC) lembrou a importância de desenvolver ações estratégicas de macrodrenagem da capital. “A situação do rio Morno é a situação de vários dos rios do Recife. Se trata a microdrenagem da cidade, mas não tem um cuidado com a macrodrenagem. Vemos uma preocupação exagerada da Prefeitura do Recife com alguns pontos, com cuidados com canaletas e canais, mas esquecendo que essa água tem que escoar para algum lugar”.
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Em 27.06.2022