Tadeu Calheiros sugere criação de centros culturais que possam servir de abrigo em caso de desastres

A sugestão dada à Prefeitura solicita que haja pelo menos um centro cultural projetado para emergências em cada uma das seis Regiões Político-Administrativas do Recife, em áreas seguras contra catástrofes.

De acordo com Calheiros, a ideia já havia sido discutida com o setor junino em uma reunião na Câmara que tratou da necessidade de criação de espaços para que grupos culturais – como as quadrilhas e os maracatus – possam realizar ensaios. Outro ponto importante da proposta é a não paralisação das atividades escolares em caso de desastres, uma vez que essas unidades são atualmente utilizadas como abrigo para pessoas desabrigadas e como centro de distribuição de alimentos e outras doações.

“Não estamos discutindo a importância, neste momento, de as escolas serem utilizadas como abrigo. Não tinha outra opção; tinha que ser feito e foi muito bem feito pelos profissionais que ali trabalham”, disse o vereador, aludindo à necessidade de abrigar os recifenses atingidos pelos recentes temporais. “Mas, a gente não tem um local específico que possa servir como abrigo e que não seja mais um fator que prejudique as salas de aula, o avanço escolar dos alunos”.

De acordo com o parlamentar, a criação de centros culturais seria uma alternativa de baixo custo para preparar a cidade de forma estratégica. “Tendo isso previamente, as pessoas vão poder saber, se está chovendo forte e há risco de deslizamento de barreira, os pontos para onde vão poder se deslocar e se abrigar com segurança. Vamos ter fomento à cultura e um abrigo que pode ser utilizado previamente a uma tragédia ou, se ela acontecer, que vai servir de abrigo e centro de distribuição de alimentos sem prejudicar a educação da rede pública”.

Em aparte, o vereador Ivan Moraes (PSOL) afirmou que o requerimento de Tadeu Calheiros atende a uma necessidade de criar uma política cultural permanente e antevê os desafios ambientais previstos para o Recife. “Vossa Excelência dialoga com uma proposta muito interessante de estabelecimento de locais que possam atender às necessidades da cadeia produtiva da cultura durante o ano inteiro e que possam ser transformados também em locais de abrigo, de distribuição de alimentos e doações em períodos emergenciais”, resumiu. “Precisamos ter, na nossa cidade, um plano de convivência com alagamentos. Há estudos que mostram que, daqui a 50 anos, algumas áreas da nossa cidade já estejam permanentemente alagadas”.

Em 07.06.2022