Câmara do Recife promove Oficina de Libras para os servidores
O evento é coordenado pelo departamento de Comunicação Social, ocorre no plenarinho da Câmara e segue até esta sexta-feira (29). Na programação da vivência, estão temas como alfabeto manual, números, saudações, além de práticas específicas para o contexto dos setores da Câmara Municipal e palestras sobre os desafios das pessoas com deficiência.
Coube às intérpretes de Libras que atuam na Câmara do Recife - Cláudia Galvão, Elôina Paula, Janaína Lira e Rafaella Briane - apresentar exercícios práticos, bem como explanar a necessidade de comunicação, as dificuldades encontradas por pessoas surdas, bem como direitos garantidos pela legislação.
A jornalista Éden Pereira, diretora do departamento de Comunicação Social, lembrou que a acessibilidade comunicacional e políticas públicas para pessoas com deficiência são temas recorrentes na Casa. “Os parlamentares debatem esses importantes assuntos através de audiências, reuniões de comissões, proposições e pronunciamentos. O que nós objetivamos é apreender e trazer uma prática mais inclusiva para o nosso dia a dia”. Disse, também, que serão proporcionados outros encontros como este.
Os desafios vividos por uma pessoa com deficiência, seja física ou intelectual, foram destacados pelo presidente da Associação Pernambucana de Cegos (Apec), José Diniz. Ele contou como perdeu a visão ainda na infância e como lutou para superar as dificuldades. “O preconceito é enorme. Muitas pessoas acham que a pessoa deficiente não pode viver bem e conseguir estudar, trabalhar, casar, constituir uma família. Mas isso não é verdade”.
Diniz lembrou que é um dos fundadores da Apec, que completará 40 anos em 2023 e possui atualmente 1.400 sócios. A instituição, sem fins lucrativos, tem o objetivo de valorizar as pessoas cegas e com baixa visão, proporcionando cursos e facilitando a empregabilidade. Ele elogiou a iniciativa da Câmara do Recife e ressaltou que, em Pernambuco, são dois milhões e 400 mil pessoas com algum tipo de deficiência, dessas, 30% possuem deficiência visual.
Na terça-feira, a Oficina contou com a exibição de um vídeo, além de exercícios práticos ministrados pelas intérpretes e por Allysson Dieckmann, professor de Libras e coordenador da Área de Libras da Faculdade Alpha. Ele também é estudante do curso de Licenciatura Letras-Libras na Universidade Federal de Pernambuco.
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Em 28.07.2022/ Atualizada em 29.07.2022