Osmar Ricardo se posiciona contra medalha a Michelle Bolsonaro e lembra postura antivacina do presidente

Nesta terça-feira (5), a reunião plenária da Câmara do Recife foi marcada pela discussão do projeto de decreto legislativo nº 34/2022, que visava a conceder a Medalha de Mérito Olegária Mariano à primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro. O vereador Osmar Ricardo (PT) foi um dos parlamentares a se posicionar na tribuna contra a homenagem, associando a primeira-dama a críticas ao atual presidente Jair Bolsonaro. Proposto pela vereadora Michele Collins (PP), o projeto foi rejeitado pela Casa com 16 votos contrários e nove favoráveis.

A condução da pandemia de covid-19 foi um dos principais pontos de crítica ao atual governo levados à tribuna por Osmar Ricardo. O vereador fez menção a um discurso proferido em um momento anterior da reunião pelo vereador Renato Antunes (PSC), que saiu em defesa do Governo Federal ao mencionar a distribuição.

“A vacina é um direito do povo. Não foi Bolsonaro quem deu. Ele, inclusive, dizia nas redes sociais deles que ninguém se vacinasse. E quantas pessoas morreram no nosso país por falta de uma política?”, afirmou Ricardo. “Queremos, aqui, saber qual foi o trabalho que a primeira-dama fez ao Recife para justificar essa medalha. O que ela fez como mulher do presidente da República que demorou a cuidar do povo? Morreram quase 700 mil pessoas”.

O parlamentar não deixou de tecer comparações entre a gestão de Jair Bolsonaro e a de antecessores petistas. Na tribuna, ele citou dados retirados de um folheto sobre as ações das gestões do PT na capital pernambucana por meio programas como o Minha Casa Minha Vida, Prouni, além de políticas assistenciais e de emprego. “Bolsa Família: 160 mil famílias atendidas no Recife em 2016. Benefício de Prestação Continuada, o BCP: 34 mil idosos e 36 mil pessoas com deficiente eram beneficiadas no município em 2016. Emprego formal: 272 mil postos de trabalho formal criados no Recife entre 2003 e 2016. São dados, não é balela. O que Bolsonaro deixou na história foi a violência, a provocação, o armamento desordenado do povo deste país”.

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Em 05.07.2022