Conselho Regional de Fonoaudiologia recebe homenagem na Câmara do Recife

Além dos parlamentares proponentes do requerimento, compuseram a Mesa o presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Cleiton Miguel; e a diretora-secretária do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Valência Marinho.

O vereador Tadeu Calheiros destacou que os fonoaudiólogos "modificam a vida daquelas pessoas onde botam a mão, sempre positivamente", e exaltou a participação dos profissionais na política. "Está na hora de a gente dizer: 'nós vamos fazer política como a gente quer e participar para que as coisas sejam modificadas como devem ser'. É absurdo ainda não termos em hospitais pronto atendimento de fonoaudiologia, na maioria das UTIs já temos o suporte, mas pode ser maior. Não dá para ter um fono em cada escola pública, mas dá para ter em cada RPA [Região Político Administrativa] para cobertura específica dos atendimentos escolares e isso resultará em aprendizado", observou.

A importância da profissão para pacientes com necessidades especiais, como pacientes autistas, também foi destacada pelo vereador, que parabenizou a atuação da categoria. "Fazer o que se faz com pouco recurso, pouca valorização, salários aviltantes, é de se tirar o chapéu. Parabéns pela dedicação, por tanto que vocês fazem por tantas pessoas".

O vereador Felipe Alecrim presidiu a solenidade e parabenizou a instituição por sua atuação, "pelos seus 25 anos de resistência, de luta", conforme ressaltou. "Os meus parabéns e o meu muito obrigado também, não só pelo o que vocês constroem na área da saúde, como foi citado pelo vereador Tadeu Calheiros, mas pelo apoio na área de educação". Ele disse, ainda, que a reunião solene era importante porque registra nos anais da Câmara o momento e os anseios da categoria. "Esta Casa, a Casa do povo, a Casa de José Mariano, está de portas abertas para que se trabalhe política pública não só para os profissionais, mas para todo o povo recifense".

Os vereadores entregaram uma placa comemorativa e um voto de aplausos, aprovado em plenário, para o presidente do Conselho Regional de Fonoaudiologia, Cleiton Miguel. Ele, então, na tribuna da Casa, falou da história da fonoaudiologia no País, que foi regulamentada em 9 de dezembro de 1981 com apenas quatro especialidades, e que hoje já se somam 14: audiologia, linguagem, motricidade orofacial, saúde coletiva, voz, disfagia, fonoaudiologia educacional, gerontologia, fonoaudiologia neurofuncional, fonoaudiologia do trabalho, neuropsicologia, fluência, perícia fonoaudiológica e fonoaudiologia hospitalar.

O presidente do Conselho destacou a importância do trabalho desses profissionais, que ficou mais evidente durante a pandemia da covid-19, pelos muitos cuidados para a recuperação dos pacientes. "Esses profissionais ficaram de frente, muitos perderam as suas vidas. A fonoaudiologia estava lá, enfrentando com os demais colegas", salientou. Ele defendeu mais políticas públicas na área da saúde, lembrou também das necessidades das pessoas com transtorno do espectro autista. "Eu tenho um filho autista de 21 anos e essa classe é desassistida. A fonoaudiologia está atuando para o desenvolvimento das pessoas com autismo", afirmou.

"Estou no Conselho com a minha equipe há apenas quatro meses, e vamos buscar o que for necessário para colocar a fonoaudiologia onde ela deve estar. Chico Science dizia 'entrega a Recife o meu coração, e a Pernambuco, o meu amor', e eu digo: 'entrego a Recife o meu coração, e à fonoaudiologia, o meu amor", afirmou.

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Em 23.09.2022