Osmar Ricardo repercute audiência pública sobre déficit habitacional

O vereador Osmar Ricardo (PT) repercutiu a audiência pública que a Câmara Municipal realizou, a partir de sua iniciativa, para debater o déficit habitacional e a moradia popular no centro do Recife. “Foi importante a presença dos representantes de todos os movimentos sociais que tratam desse problema, além de especialistas em arquitetura e urbanismo e de pessoas que trabalham nessa área na Prefeitura do Recife e da Ordem dos Advogados do Brasil”, disse, na reunião plenária híbrida, realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta segunda-feira (5).

O parlamentar disse que o déficit habitacional, até maio, era de 71.160 imóveis em todo o município. “Mas, após as fortes chuvas que ocorreram este ano, esse número com certeza aumentou e precisamos atualizar para saber o que devemos fazer daqui para frente”. Ele disse que um dos encaminhamentos decidido na audiência pública foi a realização de uma reunião com a Secretaria de Habitação e representantes dos movimentos sociais, para tirar uma pauta propositiva, como forma de reduzir o déficit.

De acordo com Osmar Ricardo, é preciso viabilizar um diálogo político com o poder público. O vereador citou que há críticas que vêm tanto da falta de apartamentos e casas populares para atender à demanda da população de baixa renda, como também da entrega dos apartamentos que já estão prontos, mas enfrentam burocracias. “Enquanto isso, há 44 imóveis no centro do Recife, que estão abandonados, sem que se façam o recolhimento do IPTU. Ninguém quer discutir e viabilizar a destinação desses imóveis para fazer moradia popular”.

Osmar Ricardo aproveitou para discutir outro tema, que foi a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que suspendeu a aplicação do novo piso salarial da enfermagem. “A pressão dos grandes empresários do setor hospitalar prevaleceu”. Segundo afirmou o vereador “a pressão também foi do governo”, junto do ministro, que pediu a suspensão do piso por 60 dias. “O governo pediu a suspensão porque houve uma decisão de grandes empresários de hospitais, que dizem que não podem pagar. O problema, portanto, não está nas prefeituras, mas na iniciativa privada que não quer pagar o salário dos seus trabalhadores. Adiar o pagamento por 60 dias é uma estratégia para entrar no esquecimento”, disse.

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Em 05.09.2022.