Reunião pública marca Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Celebrado nesta quarta-feira (21), o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência foi tema de uma reunião pública na Câmara do Recife promovida pelo vereador Ivan Moraes (PSOL). No plenarinho da sede do Poder Legislativo, representantes da sociedade civil organizada e do poder público municipal discutiram os desafios da capital pernambucana para efetivar os direitos de crianças e adolescentes com deficiência.

A reunião contou com a participação da gerente de educação especial do Recife, Adilza Gomes; do gerente da pessoa com deficiência e representante da Associação Pernambucana de Cegos (APEC), Paulo Fernando Silva; do representante do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco (IICPE), Luis Fernando Braga; da representante do Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (CERVAC), Keise Soares de Alcântara; da presidente do Associação de surdos de Pernambuco (ASSPE), Ana Lucia Pereira; e da fundadora da União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares.

No plenarinho, cidadãos e cidadãs que vivenciam os problemas de acesso aos direitos das pessoas com deficiência se revezaram para relatar os desafios do município na área. A falta de vagas na rede pública municipal de ensino, a carência de profissionais qualificados para atender alunos com deficiência e os desafios do transporte para esse público foram alguns dos temas abordados na ocasião.

Durante a reunião, Ivan Moraes concedeu diplomas comemorativos às entidades convidadas. “Hoje é o Dia Nacional de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência e a gente não podia deixar passar isso batido. Tivemos, hoje, a representação de várias organizações, que receberam diplomas em reconhecimento pelo trabalho feito. E pudemos ouvir os desafios, que não são poucos, especialmente daquelas pessoas que são crianças e que têm deficiência”.

O parlamentar não deixou de tecer críticas ao Executivo municipal por algumas lacunas deixadas na reunião. “O que a gente viu foi um relato da Prefeitura muito incipiente, muito tímido, que não garante com um cronograma a contratação de pessoas que são extremamente necessárias ao bem estar de crianças no ambiente escolar. A gente viu uma ausência da secretaria de saúde que a gente lamente muito. A gente entende que o caminho pela frente é muito longo para que em todos os lugares – órgãos públicos, escolas, equipamentos de saúde – exista acessibilidade plena”.

Paulo Fernando Silva mencionou algumas das ações da Prefeitura para a melhoria da acessibilidade comunicacional o município, como a contratação de intérpretes de libras, audiodescritores e braillistas. “Reconhecemos que é preciso avançar ainda muito na cidade com ações, programas e projetos que venham a atender esse público. Esta reunião contribui com esse processo de diálogo e de construção coletiva para a gente melhorar a nossa cidade e termos uma cidade verdadeiramente inclusiva”.

Adilza Gomes frisou iniciativas específicas da Secretaria de Educação e indicou que a gerência de educação especial já deu encaminhamentos às demandas levantadas no debate. De acordo com ela, há cerca de 5 mil estudantes com deficiência na rede municipal de ensino do Recife – mas nem todos eles precisam de apoio especializado. “A pessoa com deficiência tem toda a capacidade de circular, criar e ser um potencial na sociedade em que estamos. Na Secretaria de Educação, temos investido muito nas questões de tecnologia assistiva, em escolas bilingues para estudantes surdos, no núcleo de cegueira e baixa visão e em outas ações pedagógicas que vão fortalecer o envolvimento, o crescimento, a aprendizagem e, principalmente, a autonomia e independência dos nossos estudantes”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 21.09.2022