Reunião pública marca Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência
A reunião contou com a participação da gerente de educação especial do Recife, Adilza Gomes; do gerente da pessoa com deficiência e representante da Associação Pernambucana de Cegos (APEC), Paulo Fernando Silva; do representante do Instituto de Inclusão e Cidadania de Pernambuco (IICPE), Luis Fernando Braga; da representante do Centro de Reabilitação e Valorização da Criança (CERVAC), Keise Soares de Alcântara; da presidente do Associação de surdos de Pernambuco (ASSPE), Ana Lucia Pereira; e da fundadora da União de Mães de Anjos (UMA), Germana Soares.
No plenarinho, cidadãos e cidadãs que vivenciam os problemas de acesso aos direitos das pessoas com deficiência se revezaram para relatar os desafios do município na área. A falta de vagas na rede pública municipal de ensino, a carência de profissionais qualificados para atender alunos com deficiência e os desafios do transporte para esse público foram alguns dos temas abordados na ocasião.
Durante a reunião, Ivan Moraes concedeu diplomas comemorativos às entidades convidadas. “Hoje é o Dia Nacional de Luta pelos Direitos da Pessoa com Deficiência e a gente não podia deixar passar isso batido. Tivemos, hoje, a representação de várias organizações, que receberam diplomas em reconhecimento pelo trabalho feito. E pudemos ouvir os desafios, que não são poucos, especialmente daquelas pessoas que são crianças e que têm deficiência”.
O parlamentar não deixou de tecer críticas ao Executivo municipal por algumas lacunas deixadas na reunião. “O que a gente viu foi um relato da Prefeitura muito incipiente, muito tímido, que não garante com um cronograma a contratação de pessoas que são extremamente necessárias ao bem estar de crianças no ambiente escolar. A gente viu uma ausência da secretaria de saúde que a gente lamente muito. A gente entende que o caminho pela frente é muito longo para que em todos os lugares – órgãos públicos, escolas, equipamentos de saúde – exista acessibilidade plena”.
Paulo Fernando Silva mencionou algumas das ações da Prefeitura para a melhoria da acessibilidade comunicacional o município, como a contratação de intérpretes de libras, audiodescritores e braillistas. “Reconhecemos que é preciso avançar ainda muito na cidade com ações, programas e projetos que venham a atender esse público. Esta reunião contribui com esse processo de diálogo e de construção coletiva para a gente melhorar a nossa cidade e termos uma cidade verdadeiramente inclusiva”.
Adilza Gomes frisou iniciativas específicas da Secretaria de Educação e indicou que a gerência de educação especial já deu encaminhamentos às demandas levantadas no debate. De acordo com ela, há cerca de 5 mil estudantes com deficiência na rede municipal de ensino do Recife – mas nem todos eles precisam de apoio especializado. “A pessoa com deficiência tem toda a capacidade de circular, criar e ser um potencial na sociedade em que estamos. Na Secretaria de Educação, temos investido muito nas questões de tecnologia assistiva, em escolas bilingues para estudantes surdos, no núcleo de cegueira e baixa visão e em outas ações pedagógicas que vão fortalecer o envolvimento, o crescimento, a aprendizagem e, principalmente, a autonomia e independência dos nossos estudantes”.
Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Em 21.09.2022