Rinaldo Junior destaca Dia Municipal de Combate à Fome

O vereador Rinaldo Junior (PSB) salientou a lei número 18.918/2021, de sua autoria, que institui 5 de setembro como o Dia Municipal de Combate à Fome, data escolhida por ser o dia de nascimento do escritor Josué de Castro. Na reunião Ordinária da Câmara do Recife desta segunda-feira (5), o parlamentar explicou que a lei tem o objetivo de chamar atenção da sociedade para a necessidade de "ações de políticas públicas de enfrentamento à fome".

Rinaldo Junior lamentou que a fome tenha crescido no País, quando há alguns anos tinha saído do Mapa da Fome. "A gente se encontra numa situação triste, lamentável, e como diria Josué de Castro, 'o que falta é a vontade dos políticos de mobilizar recursos em combate à fome'. E eu sempre indago o que nós, da classe política, estamos fazendo para diminuir a fome", questionou. 

De acordo com o parlamentar, o último relatório da Oxfam em parceria com a Rede Brasileira de Pesquisa apontou que, em 2020, existiam 19,9 milhões de brasileiros passando fome. "De 2018 a 2022 tivemos um aumento de quase 60% de miseráveis, que não têm condições de comer. Além disso, 15% das pessoas não conseguem tomar café da manhã hoje no País, 10% não têm condições de almoçar, 19% não conseguem ter o jantar. Apenas quatro em cada 10 famílias conseguem ter as três refeições", apontou.

"São dados alarmantes que, nesse dia do nascimento de Josué de Castro e Dia Municipal de Combate à Fome, é importante tocar nessa ferida e dizer que passou da hora de todos os governantes colocarem o pobre no orçamento e não aceitar que em um país rico como esse, a gente ainda tenha gente passando necessidade e não tendo as três refeições garantidas", apontou o legislador. 

Rinaldo Junior criticou, ainda, a falta de ações do Governo Federal neste âmbito. "Um dos primeiros atos foi acabar com o Conselho de Segurança Alimentar. Fechou mais de 27 unidades da Conab e, nesse exato momento, o Governo Federal só repassa 0,39 centavos por dia para as merendas das crianças que, muitas vezes, é a única refeição delas". Ele  encerrou o seu discurso com mais uma fala do escritor Josué de Castro: "A fome não se dá pela pouca produção, mas, sim, pela má distribuição das riquezas". 

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Em 05.09.2022