Tadeu Calheiros discute mobilidade e enaltece criação de centro para espectro autista
“Aproveitei esse espaço para a gente trazer essa questão da inclusão porque, às vezes, começo a imaginar como não deve ser para uma pessoa portadora de deficiência visual, ou aquela que não se locomove, depender da cadeira de rodas para andar nas nossas calçadas", reclamou. O parlamentar citou problemas na calçadas da Beira Rio, no bairro da Madalena. "As calçadas agora estão ‘engolindo’ as pessoas. Não tem mais lugar seguro. Uma reportagem mostrou que há três meses que os moradores informavam aos órgãos competentes e a situação não é resolvida. Então, essa questão de inclusão e as dificuldades de pessoas portadoras de deficiência, somada a uma má manutenção dos nossos equipamentos públicos, causa transtornos”.
Tadeu Calheiros também fez questão de agradecer aos vereadores e vereadoras que se somaram à sugestão de criação de um centro de referência para pessoas portadoras do espectro autista. “Vamos preparar um ofício e levar conjuntamente com a assinatura de vários vereadores e vereadoras para o prefeito do Recife, João Campos. Seguiremos em frente”.
No aparte, a vereadora Dani Portela (PSOL) elogiou a iniciativa da criação do centro. “Quero parabenizá-lo por essa iniciativa e me somar com essa luta que pede um centro de referência para pessoas autistas. Esse anseio chega cotidianamente em vários gabinetes dessa Casa legislativa. Crianças têm sido diagnosticadas de todas as idades, dentro do espectro do transtorno autista, mas não têm acompanhamento. São anos para conseguir marcar uma neurologista ou uma geneticista. Depois que conseguem um laudo, muitas vezes tardio, saem com encaminhamento para as terapias, mas sem nenhuma previsão de iniciá-las”.
Ivan Moraes (PSOL) também teceu elogios ao vereador Tadeu Calheiros e citou dificuldades dos pais que levam os filhos às terapias. “Não é possível que nós não tenhamos um psiquiatra infantil no Recife, no momento histórico em que cada vez mais pessoas demandam cuidados com a saúde metal. Muitas vezes os portadores não são reconhecidos nos equipamentos e nos ambientes em que eles e têm prioridade. Então aqui, no Recife, seguimos lutando para que haja a carteira de identificação autista, por um centro de referência e tratamentos necessários. Se uma pessoa branca, que tem privilégio, tem dificuldades de levar seus filhos aos tratamentos, imagina as pessoas na periferia? Há muito o que fazer no Recife e as pessoas com autismo têm que entrar no orçamento público”.
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Em 06.09.2022