Tadeu Calheiros pede atenção à Prefeitura do Recife para pessoas que têm o espectro autista
Segundo o vereador não existe um psiquiatra infantil disponível na rede pública municipal do Recife. “E sabe quantos neurologistas infantis existem? Apenas um para todo o Recife. Há mães que passam um ou dois anos para serem atendidas. Agora, imagine o que é uma mãe, com um filho autista em casa, sem poder dar a ele a atenção e a assistência que deveria”. Calheiros disse que essa mesma realidade se estende à área da educação. “Não há um atendimento especializado e as mães sofrem por falta de profissionais adequados, com preparo adequado, em locais adequados”.
Tadeu Calheiros afirmou que, apesar de não haver profissionais contratados para fazer o atendimento dos autistas, “há psicólogos que foram aprovados em concursos públicos e querem trabalhar”. Mesmo que fossem contratados, disse o vereador, não há na rede pública um local adequado para dar atendimento de autismo. “A Prefeitura do Recife distribuiu nota dizendo que existem os CAPs (Centros de Atenção Psicossocial), mas eles não são especializados. Não estão preparados, não existe uma urgência. Se o jovem tiver crise de agitação, só tem o Ulisses Pernambucano (hospital). Mesmo assim, a Prefeitura e o Estado querem acabar com o Ulisses”.
Tadeu Calheiros disse que, na condição de vereador, apresentou três projetos de lei voltados para assistência às pessoas com o espectro autista. “Um dos projetos garante a realização de uma sessão de cinema na rede privada, paga, para a socialização de pessoas com autismo; outro projeto visa implantar centros de saúde multifuncionais; e o terceiro visa a realização de cursos de capacitação para os profissionais de saúde da rede pública municipal para atendimento às pessoas com autismo”.
Em 06.09.2022.