Joselito Ferreira pede paz nas eleições após ter tido carro baleado

O vereador Joselito Ferreira (PSB) relatou pela primeira vez, no plenário da Câmara do Recife, a violência política de que foi vítima no segundo turno da campanha eleitoral. Nesta segunda-feira (24), durante a reunião híbrida, ele contou que teve o carro baleado na madrugada da última quarta-feira (19), em frente a sua casa. De acordo com o parlamentar, um homem, que já foi detido pela Polícia Civil, disse ter passado na rua, visto uma bandeira vermelha dentro do carro e disparado seis tiros no veículo por “não gostar da esquerda”.

Joselito Ferreira detalhou ter escutado os disparos de madrugada, mas que não conseguiu identificar o que estava acontecendo na ocasião. Pela manhã, quando foi utilizar o veículo, se deparou com as marcas dos tiros. “Quando me levantei para fazer o trabalho nas comunidades, vi meu carro todo perfurado com seis tiros. Procurei me informar sobre o que tinha acontecido e soube que aconteceu o mesmo fato com outros carros de outras casas, inclusive da minha irmã”, disse. 

Ao agradecer e parabenizar a atuação rápida da Polícia Civil, o parlamentar contou que a motivação dos tiros foi por divergência política. “A Polícia Civil prendeu esse elemento em tempo recorde e o levou à delegacia. Lá, o homem disse que não é militante, mas que não gosta da esquerda. Perguntaram o motivo que o fez  atirar no meu carro, e ele falou que passou e viu que tinha uma bandeira vermelha; não sabia que eu sou vereador. A gente vive num País de democracia, em que o cidadão e a cidadã têm o direito de escolher em quem votar”, ressaltou.

O vereador aproveitou a ocasião para criticar a violência política que vem ocorrendo com frequência neste período eleitoral. “Independente se eu sou vereador ou não, ninguém pode atirar no carro de ninguém por conta de um lado partidário. Essa é a minha concepção, o que eu acho melhor para o Brasil e para Pernambuco, mas não dá o direito de a pessoa atirar no carro de alguém por apoiar algum político. É lamentável e triste uma cena como essa. A gente fica preocupado porque estamos a menos de uma semana da eleição. E o que vai acontecer no dia 30?”, questionou. 

Ele evidenciou, ainda, que a política é feita com trabalho e conversa, mesmo diante de todas as divergências. “Aqui na Câmara do Recife nós discutimos no plenário, mas quando saímos do plenário, não há mais divergência. Aqui, todas as vereadoras e vereadores têm o mesmo pensamento: de lutar e melhorar a cidade do Recife. Aqui não é lugar de guerra, é lugar de paz. Vamos acabar com esse ódio”, pediu.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 24.10.2022