Cida Pedrosa aprova requerimento em favor de inclusão dos MCs nos editais

A vereadora Cida Pedrosa (PCdoB) defendeu e aprovou o requerimento número 12.524/2022, de sua autoria, dirigindo indicação ao prefeito João Campos para que os MCs de brega sejam incluídos enquanto uma categoria artística nos editais dos ciclos festivos da Prefeitura do Recife. “O Recife é uma cidade múltipla, multifacetada, com diversas expressões culturais. É a terra onde há diversas manifestações culturais. A cultura dos MCs vem da periferia e é importante saber que quando a periferia vem com força, temos que olhar, acolher, e aprender com ela”, disse, na reunião plenária híbrida, realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (13).

A vereadora lembrou que as periferias sofrem com os preconceitos e pela falta de políticas públicas adequadas para proteger suas manifestações. “Além disso, nós não temos ideia do tamanho da cadeia produtiva que envolve essa manifestação cultural e artística”. Cida Pedrosa justificou que, quando os editais dos ciclos festivos do Recife são lançados pela Prefeitura Municipal, nunca abrem espaços para os MCs, que trabalham sozinho. “Os editais exigem que sejam bandas e os MCs trabalham sozinhos. Para serem contemplados, são obrigados a formar bandas, e se inscrevem dessa forma, para terem lugar no carnaval. Isso fere a cultura do MC”.

A parlamentar também afirmou que estava se somando ao mandato do vereador Marco Aurélio Filho (PRTB), que defende o trabalho dos artistas que fazem o movimento da música brega em Pernambuco e no Recife. Como os dois estilos são considerados “periféricos”, a vereadora afirma que espera que ambos sejam acolhidos nos editais do Recife e do Estado. “Todas as vezes que pensamos no brega e no funk, temos que pensar nas periferias. Aproveito para lembrar que o edital do Carnaval do próximo ano já saiu, mas pedimos para que seja feito um aditamento ao edital levando em conta a característica dos MCs”.

O vereador Marco Aurélio Filho pediu um aparte. “Nós temos assento no Conselho de Cultura e precisamos retificar essa temática. Quando propomos a valorização do movimento brega, nossa intenção é construir uma política pública para o setor. O brega, hoje, é uma cultura que também nos representa, assim como os MCs. E por isso eles precisam estar nos editais”, disse.

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Em 13.12.22