Dani Portela pede alteração do nome do Pátio do Terço
Na justificativa do texto, Dani Portela conta a história de Maria de Lourdes Silva, conhecida como Mãe Badia, nascida no Recife em 9 de abril de 1915. Ela teve a trajetória associada à cultura tradicional dos povos de terreiro e ao carnaval. "Neta de africanos, a lalaorixá (ou Mãe de Santo), morou a vida toda no bairro de São José, reduto de descendentes de escravos libertos que se tornaram trabalhadores de baixa renda".
A vereadora defende a importância da figura de Mãe Badia como memória da cultura negra na capital pernambucana. Segundo a parlamentar, o Pátio é localizado numa rua que foi considerada por anos como eminentemente negro "devido à presença de terreiros, agremiações carnavalescas e também por ter sido um local de trabalho de muitos negros e negras".
De acordo com a parlamentar, na justificativa da proposta, a casa onde Mãe Badia viveu é o único imóvel residencial do Pátio do Terço, tombado em 2014 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). "Portanto, o Pátio do Terço, onde se localizava a casa de Badia, é um importante espaço para celebração e homenagens aos antepassados do ‘Povo do Santo’. Desse modo, a alteração do nome atual do ‘Pátio do Terço’ para o nome ‘Pátio do Terço Mãe Badia’ nada mais é do que uma homenagem e uma afirmação da importância do lugar para a cultura afro-recifense", explica.
Em 09.01.2023