Liana Cirne celebra instalação de camarim da cultura popular no Carnaval do Recife
Em seu pronunciamento, a vereadora falou da importância do camarim usando exemplos de situações a que representantes da cultura popular estão sujeitas e sujeitos sem um espaço do tipo. “Uma reclamação muito justa dos nossos mestres e mestras era que alguns artistas que não eram da periferia eram tratados com toda a dignidade, mas elas e eles, que são responsáveis por manter viva a nossa tradição, eram tratados com toda a indignidade do mundo”, disse. “Estou me referindo a trocar de roupa na rua. Imagine você ser uma senhora de 80 anos de idade tendo que trocar de roupa, aquelas fantasias com muitas saias e bordados, no meio da rua, atrás de um ônibus”.
Para Liana Cirne, que também celebrou a alteração do percurso de cultura popular para o corredor do Carnaval de 2023, não deixou de destacar os sacrifícios dos fazedores e fazedoras de cultura popular. “A cultura é uma indústria que gera mais empregos e renda do que a indústria de vestuário e a indústria automobilística no Brasil. E, ao mesmo tempo, essa cultura é feita por pessoas pobres, periféricas, majoritariamente pretas, que têm nas costas o ônus – que também é um prazer e uma felicidade – de carregar o patrimônio cultural imaterial do nosso povo. Estou falando de pessoas que tiram da sua aposentadoria, do seu salário mínimo, para bordar uma gola, para manter a cultura do nosso Estado viva”.
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Em 14.02.2023