Liana Cirne faz discurso sobre Carnaval com críticas a camarotes e em defesa de programação local
Ao tratar da instalação dos camarotes, Liana Cirne disse que eles simbolizam a desigualdade que existem no retorno financeiro proporcionado pela festa. “Quando eu passei pelos camarotes, eu pensei quanto dinheiro se ganha com a cultura, mas não de modo proporcional. Os nossos fazedores de cultura popular mal e mal estão sobrevivendo”.
Em sua crítica, a vereadora não deixou de mencionar o camarote instalado na praça Sérgio Loreto para o Galo da Madrugada. De acordo com ela, o local poderia ser aproveitado para criar um espaço que garantisse que as tradições do Carnaval fossem passadas para as próximas gerações. “A gente tem que questionar, inclusive, o próprio camarote oficial, que fica em uma praça pública e que eu espero ver, no ano que vem, aberta para o povo, como um refúgio para os foliões e foliãs, som sombra, com água, e até para que haja condições de que a gente leve as crianças para o Carnaval”, afirmou. “A gente precisa das crianças na folia se a gente tiver a dimensão de que a folia é o nosso patrimônio imaterial e que a gente tem que ensinar as gerações jovens a amar a nossa cultura”.
A respeito da programação oficial do Carnaval, Cirne se disse feliz com a presença de nomes da cultura local, mas defendeu um avanço nesse sentido. “Quero dividir com vocês o meu sentimento, que é de muita divisão. Apesar da minha enorme felicidade, não me senti contemplada na programação do Carnaval. Espero também, que assim como a praça Sergio Loreto esteja aberta para o povo, a nossa programação oficial tenha mais Pernambuco no ano que vem”.
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Em 13.02.2023