Professor Mirinho diz que agente de trânsito foi ameaçado e faz defesa da Guarda Municipal armada

Um caso ocorrido quinta-feira da semana passada, dia 9 de fevereiro, no trânsito do Recife, e que viralizou nas redes sociais, foi abordado no plenário da Câmara Municipal pelo vereador Professor Mirinho (SD). Ele contou que houve tentativa de homicídio de um guarda de trânsito no cruzamento da Avenida Agamenon Magalhães, com a Rua do Paissandu, quando um motorista desceu do carro com uma barra de ferro para tentar agredi-lo. Ele aproveitou a ocorrência para defender o uso da arma de fogo pela Guarda Municipal, que faz a fiscalização do trânsito do Recife. “O guarda tem que estar armado, para se defender numa hora dessas e defender o munícipe”, disse, na reunião plenária híbrida, da Câmara Municipal, realizada na manhã desta segunda-feira (13).

Ao iniciar o discurso o vereador revelou que ele mesmo tem formação como guarda municipal e lembrou que as pessoas que trabalham nesse serviço “são funcionários públicos capacitados” e que, por isso, deveriam “estar armados” para exercer a função. “Naquele dia da ocorrência, as fortes chuvas trouxeram situações perigosas. Mesmo assim, o agente de trânsito estava controlando o fluxo, quando um condutor cometeu uma infração. Ele fez retorno proibido e o guarda notificou. Se ele não notificasse, estaria prevaricando”, disse. O Professor Mirinho relatou que o condutor não gostou de ter sido notificado para pagar a multa e por isso desceu do carro, pegou uma barra de ferro e foi para cima do agente. “Quero que vocês analisem. Naquela situação, o guarda não poderia sequer garantir a própria vida, pois estava desarmado”.

O parlamentar acrescentou que por pouco o “homicídio não foi consumado”, pois o guarda municipal ficou recuando de costas enquanto o motorista avançava sobre ele. O vereador lamentou a situação em que “um pai de família, que saiu do seu lar, para exercer o trabalho com profissionalismo, passou por esta situação. E por pouco, quase não volta para casa”. Mirinho lembrou que houve repercussão do caso nas redes sociais e que o “o próprio prefeito disse que no Recife não há espaço para violência e que cenas como estas não pode se repetir”. Para que isso ocorra, segundo o professor Mirinho, “a guarda tem que estar armada, para dizer de voz ativa que o motorista não se aproxime”.

Nesse momento, o vereador perguntou o que outros parlamentares achavam do armamento da guarda municipal. O vereador Doduel Varela (PP), que também defende o armamento, pediu aparte e disse que acompanhou o caso pelas redes sociais. “Graças a Deus o guarda foi sábio em sua atitude e recuou. A polícia chegou logo e deu apoio ao guarda”. O motorista foi levado para uma delegacia, “mas lá ele infelizmente saiu pela porta de entrada, respondendo a um TCO (termo circunstanciado de ocorrência). A penalidade será a mínima possível. É preciso rever esta lei, pois se fosse o contrário, se o guarda tivesse agredido, a repercussão seria maior”. O vereador Felipe Alecrim (PSC), que também defende o armamento, apoiou o discurso do Professor Mirinho e disse que “a guarda municipal armada também pode contribuir para reduzir os índices de criminalidade”.

A vereadora Ana Lúcia (Republicanos), que também se identificou como sendo uma parlamentar que defende a Guarda Municipal armada, fez um questionamento que terminou não sendo acolhido pelo Professor Mirinho. Ela defendeu não só o armamento, mas sobretudo uma campanha educativa. “Às vezes há profissionais que também fazem abordagens truculentas”, lembrou a parlamentar.

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Em 13.02.2023.