Professor Mirinho diz que agente de trânsito foi ameaçado e faz defesa da Guarda Municipal armada
Ao iniciar o discurso o vereador revelou que ele mesmo tem formação como guarda municipal e lembrou que as pessoas que trabalham nesse serviço “são funcionários públicos capacitados” e que, por isso, deveriam “estar armados” para exercer a função. “Naquele dia da ocorrência, as fortes chuvas trouxeram situações perigosas. Mesmo assim, o agente de trânsito estava controlando o fluxo, quando um condutor cometeu uma infração. Ele fez retorno proibido e o guarda notificou. Se ele não notificasse, estaria prevaricando”, disse. O Professor Mirinho relatou que o condutor não gostou de ter sido notificado para pagar a multa e por isso desceu do carro, pegou uma barra de ferro e foi para cima do agente. “Quero que vocês analisem. Naquela situação, o guarda não poderia sequer garantir a própria vida, pois estava desarmado”.
O parlamentar acrescentou que por pouco o “homicídio não foi consumado”, pois o guarda municipal ficou recuando de costas enquanto o motorista avançava sobre ele. O vereador lamentou a situação em que “um pai de família, que saiu do seu lar, para exercer o trabalho com profissionalismo, passou por esta situação. E por pouco, quase não volta para casa”. Mirinho lembrou que houve repercussão do caso nas redes sociais e que o “o próprio prefeito disse que no Recife não há espaço para violência e que cenas como estas não pode se repetir”. Para que isso ocorra, segundo o professor Mirinho, “a guarda tem que estar armada, para dizer de voz ativa que o motorista não se aproxime”.
Nesse momento, o vereador perguntou o que outros parlamentares achavam do armamento da guarda municipal. O vereador Doduel Varela (PP), que também defende o armamento, pediu aparte e disse que acompanhou o caso pelas redes sociais. “Graças a Deus o guarda foi sábio em sua atitude e recuou. A polícia chegou logo e deu apoio ao guarda”. O motorista foi levado para uma delegacia, “mas lá ele infelizmente saiu pela porta de entrada, respondendo a um TCO (termo circunstanciado de ocorrência). A penalidade será a mínima possível. É preciso rever esta lei, pois se fosse o contrário, se o guarda tivesse agredido, a repercussão seria maior”. O vereador Felipe Alecrim (PSC), que também defende o armamento, apoiou o discurso do Professor Mirinho e disse que “a guarda municipal armada também pode contribuir para reduzir os índices de criminalidade”.
A vereadora Ana Lúcia (Republicanos), que também se identificou como sendo uma parlamentar que defende a Guarda Municipal armada, fez um questionamento que terminou não sendo acolhido pelo Professor Mirinho. Ela defendeu não só o armamento, mas sobretudo uma campanha educativa. “Às vezes há profissionais que também fazem abordagens truculentas”, lembrou a parlamentar.
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Em 13.02.2023.