Liana Cirne lamenta os cinco anos das mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes
“O policial militar reformado Ronnie Lessa e o motorista e ex-policial militar Elcio de Queiroz chegaram à rua dos Inválidos na Lapa, Rio de Janeiro, onde Marielle participaria de um evento na Casa das Pretas e ficam de tocaia até 21 horas e três minutos. 21 horas e três minutos, Marielle sai da Casa das Pretas onde faz sua última participação pública na vida política. Envia mensagem para sua companheira dizendo que estava voltando para jantar com ela. 21 horas e 9 minutos, o carro Cobalt emparelha com o carro de Marielle, Ronnie Lessa dispara com uma submetralhadora de uso restrito, idêntica as que desapareceram do arsenal da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Quatro disparos acertam a cabeça de Marielle, três acertam o motorista Anderson Gomes”.
A parlamentar fez questão de ressaltar que o trabalho de Marielle Franco continua nos dias de hoje e está espalhado nas tribunas parlamentares de todos o país. “Marielle Franco, preta, lésbica, favelada e quinta vereadora mais votada, mestra em administração pública é assassinada. Em uma tribuna similar a esta, Marielle discute com seus colegas vereadores que durante seu discurso não faziam silêncio, não ouviam o contrário e interrompiam continuamente o discurso. Hoje, o assassinato político dessa vereadora se transformou em símbolo e semente para todas as mulheres do Brasil. Faz cinco anos sem a resposta e a gente segue indagando quem mandou matar Marielle. E quem mandou matar Marielle não conseguiu interrompê-la. Conseguiu multiplicá-la e nessa Casa temos tantos exemplos, como a Pretas Juntas”.
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Em 14.03.2023