Liana Cirne reflete sobre desigualdades ainda enfrentadas pelas mulheres
Desigualdades no mercado de trabalho, falta de representatividade em espaços de poder, trabalho doméstico e de cuidado exaustivo e não recompensado, violência e assédio – esses foram alguns dos problemas salientados por Cirne no pronunciamento. “Em 2023, o 8 de março não é tão diferente do ano em que eu nasci, 1971, ou do ano em que minha mãe nasceu, em 1947. A gente está debatendo os mesmos problemas. A gente está debatendo, ainda, feminicídio, violência doméstica, exploração sexual do trabalho, exploração sexual da maternidade”.
A carga excessiva do trabalho que envolve a maternidade foi um dos pontos principais da intervenção da vereadora. “A enorme maioria de nós ama esse trabalho. Mas o fato de a gente amar o que faz não altera o fato de que é trabalho, com jornada de trabalho não remunerada, não valorizada, não considerada”.
Para Liana Cirne, a luta das mulheres deve expressar conquistas sociais, e não apenas por meio de presentes simbólicos no 8 de março. “A gente não quer rosas e nem bombom. E não é porque a gente não gosta de rosas e de bombom. É porque a gente quer igualdade salarial, promoção, vaga na creche. A gente quer não morrer. A gente quer ter o direito de terminar um relacionamento para desejar uma vida nova e feliz. A gente não quer ser assassinada porque a gente almeja a felicidade. A gente não quer ser assediada no ambiente de trabalho, ou ser demitida”.
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Em 07.03.2023