Michele Collins se posiciona contra requerimento sobre caso das joias da Arábia

Um voto de aplausos formulado pela vereadora Liana Cirne (PT) à Receita Federal por sua atuação no caso das joias enviadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo governo da Arábia Saudita foi tema de debates nesta segunda-feira (13), durante a reunião plenária da Câmara do Recife. A vereadora Michele Collins (PP) foi uma das parlamentares a se posicionar na tribuna da Casa. Ela se manifestou contrariamente ao requerimento que busca parabenizar o auditor fiscal Marco Antônio Lopes Santanna e os “demais virtuosos servidores da Receita Federal que participaram da ação que impediu que patrimônios da nação brasileira fossem usurpado pela família Bolsonaro”.

Ao registrar a sua postura contrária ao pedido, Collins classificou o requerimento como uma “exposição” para a Câmara e um “pré-julgamento” do caso. “Para mim, isto aqui é uma mentira. Eu não acredito nisto aqui. Até que me provem o contrário. Estão existindo investigações. Aí depois que tiver uma investigação e que isso for comprovado, que houve má-fé, que estava errado, aí sim eu posso vir aqui e voltar atrás no meu voto, em um outro momento”.

A vereadora não deixou de fazer uma defesa do trabalho de servidores e sua atuação fiscalizatória em relação a qualquer pessoa, independentemente do cargo que ocupe. “Se está alguma coisa suspeita, alguma coisa errada, ou que lhe causa desconforto ou estranheza, ele deveria cumprir o seu papel e o seu ofício, como qualquer outro servidor. Não é porque a pessoa tem uma prerrogativa que ela vai deixar de passar pela lei ilesa. Ela também precisa ser indagada e foi o que esse servidor fez, com muita maestria”.

O requerimento deve voltar à pauta na próxima reunião plenária. A vereadora Michele Collins solicitou votação nominal e a pauta foi travada pela falta de quórum.

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Em 13.03.2023