Pretas Juntas critica falta de ação para encontrar os culpados pela morte de Marielle Franco

Às vésperas de completar cinco anos do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes, a vereadora Pretas Juntas (PSOL) cobrou respostas sobre a identificação dos assassinos da parlamentar e seu assessor. Na tribuna da reunião plenária desta segunda-feira (13) da Câmara do Recife, a parlamentar pontuou que durante esses cinco anos “pouco se fez para encontrar os verdadeiros culpados”. Ela também fez um convite para a audiência pública com o tema “Mulheres Negras na Política: um diálogo sobre violência, experiências e aprendizados”, que será realizada no plenarinho da Casa de José Mariano às 14h desta terça-feira (14).

A vereadora Pretas Juntas iniciou o discurso com o questionamento sobre os culpados pelo assassinato. Ela explicou que Marielle Franco tinha um trabalho voltado para a população negra e periférica do Rio de Janeiro, o que possivelmente configurou o crime político. “Marielle Franco, assim como eu, como Débora Aguiar, Ingrid Farias, Larissa Montanhas, era mulher, negra, mãe, filha, e cria da favela. Foi eleita vereadora da Câmara do Rio de Janeiro, com 46.502 votos. Ela também presidiu a Comissão da Mulher da Câmara”. 

De acordo com a parlamentar, não houve uma mobilização dos governos federal e estadual do Rio de Janeiro, da época, para encontrar os culpados pela morte da vereadora carioca e do motorista. Eles foram mortos em atentado do dia 14 de março de 2018, com 13 tiros desferidos contra o veículo em que ela estava com Anderson Gomes. “Nós continuamos perguntando: quem matou Marielle e quem mandou matar? É urgente responder essas duas perguntas porque não podemos banalizar a violência política  de gênero e raça no Brasil. Não podemos permitir que a violência vire rotina. O Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial de assassinatos de defensores de direitos humanos”. 

Para Pretas Juntas, 14 de março se tornou um marco histórico para a luta e enfrentamento contra as “violências políticas cometidas contra os corpos e as vidas das mulheres negras desde 2018, com o assassinato da Marielle Franco. Nós, Pretas Juntas, defendemos que precisamos continuar juntos pressionando e cobrando respostas. Bem como acreditamos que precisamos multiplicar o legado de Marielle Franco, defendendo a sua memória e a de todas as mulheres negras.

A parlamentar também fez um convite para a audiência pública “Mulheres Negras na Política: um diálogo sobre violência, experiências e aprendizados”, que será realizada no plenarinho da Casa, às 14h, amanhã, 14, data em que completa cinco anos “que a sociedade não tem uma resposta efetiva sobre quem mandou matar Marielle Franco”, que se junta à agenda internacional “Março Por Marielle e Anderson”, organizada pelo Instituto Marielle Franco.

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Em 13.03.2023