Pretas Juntas destaca a marca histórica do mês de março para movimentos feministas
“Segundo os dados do terceiro semestre de 2022 do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), somos nós, as mulheres, que recebemos os menores salários, apesar de termos o mesmo grau de formação dos homens. O rendimento médio mensal das mulheres ocupadas é 21% menor do que o dos homens, segundo o boletim especial ‘As Dificuldades das Mulheres Chefes de Família no Mercado de Trabalho’, divulgado ontem”, apontou a vereadora Pretas Juntas.
A parlamentar salientou que as mulheres são a maioria no trabalho informal e lamentou que o Brasil “está longe de ser um País igualitário e equânime” principalmente para as mulheres trans e negras. “Ainda assim, em vários lugares, 8 de março é o dia em que nos oferecem flores, bombons e parabéns. Parabéns pelo o quê? Por sermos as que mais sofrem por medo de andar nas ruas, nos ônibus? Parabéns por sermos as primeiras a termos nossos direitos ameaçados? Parabéns por sermos as que mais sofrem por falta de acesso e garantia de direitos básicos, como alimentação, saúde, educação e moradia?”, questionou.
Pretas Juntas garantiu, ainda, o compromisso com todas as mulheres, sobretudo as mães atípicas, mulheres negras e que estão nas favelas. “Nós nunca desistimos. Nós vivemos e lutamos por um Brasil mais justo para nós, para as nossas crianças e famílias. Somos a base deste País e acreditamos, como nos ensina Angela Davis que, quando uma mulher negra se movimenta, toda a sociedade se movimenta com ela”, afirmou.
De acordo com a vereadora, o mandato trabalha “para que a estrutura se mova”, e que o maior desejo é que mais mulheres negras ocupem a Casa de José Mariano, deixem de ser vítimas da violência de gênero, e que recebam salários dignos. “Essa é a mudança que queremos e usaremos nossas vozes e corpos para representar e reivindicar esse futuro”.
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Em 07.03.2023