Pretas Juntas destaca Dia Internacional de Luta para a Eliminação da Discriminação Racial

Celebrado em 21 de março, o Dia Internacional de Luta para a Eliminação da Discriminação Racial foi tema do discurso da vereadora Pretas Juntas (PSOL) durante a reunião plenária da Câmara do Recife, nesta terça-feira (21). Ela disse que trata-se de um marco importante para a luta do povo negro na busca pela emancipação e enfrentamento às desigualdades sociais. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em memória do Massacre de Sharpeville, que ocorreu na África do Sul em 1966.

A vereadora Pretas Juntas lembrou que o massacre ocorreu durante a marcha pela luta contra a Lei do Passe. Essa lei obrigava os negros da África do Sul a portarem uma caderneta para circular, e instaurava o Apartheid naquele País, há 63 anos. Ela disse que as pessoas negras que estavam na marcha foram recebidas a tiros. “O racismo que vitimou os sul africanos é o mesmo que mata e encarcera em massa a juventude negra no Brasil todos os dias. De acordo com o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, a população negra dentro das penitenciárias representa cerca de 66%, ou seja, mais de 500 mil pessoas negras estão presas”, afirmou. 

A parlamentar reafirmou, ainda, o compromisso com a luta contra o racismo estrutural e institucional no Recife, Pernambuco e Brasil. "Por isso, nos sentimos honradas em presidir a Comissão de Igualdade racial e Enfrentamento ao Racismo". 

Segundo Pretas Juntas, existe o comprometimento do mandato em mudar a estética política da cidade "colocando mulheres negras em posição de decisão e liderança nos espaços de poder. As Pretas Juntas é um projeto que é pensado por mulheres negras e periféricas e tem como prioridade as mulheres negras e periféricas”, exaltou. 

Ainda na reunião plenária, a vereadora anunciou o lançamento da cartilha “Respeito é Sagrado”, que trata sobre o racismo religioso “como um grande problema que deve ser enfrentado de maneira assídua e efetiva”. De acordo com ela, há dados importantes sobre mapeamento e a falta de dados das notificações de racismo religioso. “Continuaremos firmes na luta contra o racismo e na defesa para que a fé e o sagrado de quem cultua as religiões de matriz africana e indígena sejam respeitados”.

Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.

Em 21.03.2023