Pretas Juntas destaca Dia Internacional de Luta para a Eliminação da Discriminação Racial
A vereadora Pretas Juntas lembrou que o massacre ocorreu durante a marcha pela luta contra a Lei do Passe. Essa lei obrigava os negros da África do Sul a portarem uma caderneta para circular, e instaurava o Apartheid naquele País, há 63 anos. Ela disse que as pessoas negras que estavam na marcha foram recebidas a tiros. “O racismo que vitimou os sul africanos é o mesmo que mata e encarcera em massa a juventude negra no Brasil todos os dias. De acordo com o Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, a população negra dentro das penitenciárias representa cerca de 66%, ou seja, mais de 500 mil pessoas negras estão presas”, afirmou.
A parlamentar reafirmou, ainda, o compromisso com a luta contra o racismo estrutural e institucional no Recife, Pernambuco e Brasil. "Por isso, nos sentimos honradas em presidir a Comissão de Igualdade racial e Enfrentamento ao Racismo".
Segundo Pretas Juntas, existe o comprometimento do mandato em mudar a estética política da cidade "colocando mulheres negras em posição de decisão e liderança nos espaços de poder. As Pretas Juntas é um projeto que é pensado por mulheres negras e periféricas e tem como prioridade as mulheres negras e periféricas”, exaltou.
Ainda na reunião plenária, a vereadora anunciou o lançamento da cartilha “Respeito é Sagrado”, que trata sobre o racismo religioso “como um grande problema que deve ser enfrentado de maneira assídua e efetiva”. De acordo com ela, há dados importantes sobre mapeamento e a falta de dados das notificações de racismo religioso. “Continuaremos firmes na luta contra o racismo e na defesa para que a fé e o sagrado de quem cultua as religiões de matriz africana e indígena sejam respeitados”.
Clique aqui e assista a matéria do TV Câmara do Recife.
Em 21.03.2023