Ronaldo Lopes destaca audiência sobre abastecimento irregular de água no Recife

O vereador Ronaldo Lopes (PSC) enfatizou o requerimento de sua autoria, de número 1300/2023, dirigindo solicitação para a realização de uma audiência pública sobre “O abastecimento irregular d'água na cidade do Recife”, próximo dia 30, às 9h, no plenarinho da Câmara. “Todos os dias recebo denúncias e reivindicações vindas de diversas comunidades à Companhia Pernambucana de Saneamento (COMPESA)”. O assunto foi levantado durante a reunião plenária da Câmara do Recife nesta terça-feira (7).

“O problema com o abastecimento de água é recorrente e antigo. Parece que não há solução. Entra governo, sai governo, muda a cor de partido, mas a questão continua todos os dias. Graças a Deus, hoje eu consigo pagar um carro pipa para colocar água na minha casa, mas tem muitas famílias que não conseguem. Ontem (6), visitando algumas comunidades, as pessoas relataram a falta de sensibilidade e compromisso da Compesa em relação ao cidadão recifense. Isso já passou do limite. Essas denúncias são realizadas todos os dias e o que falta para a Compesa começar a levar água para as torneiras dos cidadãos? Faltam compromisso, investimento e trocar as gerências da Compesa”.

O parlamentar lamentou que muitos moradores têm que buscar água em locais longe de casa e que já solicitou requerimentos pedindo apoio ao Ministério Público de Pernambuco. “A resposta da Compesa, que veio através do meu e-mail, foi a de que estariam analisando uma viabilidade técnica de melhorar o sistema de abastecimento e fazer visitas nos locais onde estavam reclamando. As pessoas da comunidade do Alto da Telha, Córrego da Bica e do Carroceiro, infelizmente, só têm água em casa porque abastecem com um balde de um olho d’água, isso em pleno século XXI. As pessoas vêm pagando taxa de saneamento básico que já não existe. Eu não me conformo”.

No aparte, a vereadora Liana Cirne (PT) destacou a importância da Compesa para os pernambucanos, alertou sobre a privatização e citou a questão do racismo ambiental. “A Compesa é o patrimônio do povo Pernambuco e, como tal, precisa ser defendida. O que nós não podemos tolerar é que como muitos órgãos e empresas que pertencem ao povo brasileiro e pernambucano, a Compesa venha a ser dilapidada, esvaziada para ficar refém de qualquer tipo de discurso privatista. Esta fala que eu faço em nenhum momento colide com as suas críticas. Recordo que apresentei um pedido de informações sobre o porquê, na mesma área geográfica, a Companhia atender tão bem e, atravessando a esquina, a água não chega. Então nós temos, além de tantas denúncias, um problema severo de racismo ambiental, um recorte de raça e classe”.

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Em 07.03.2023