Ana Lúcia aponta necessidade de profissionais que auxiliem no enfrentamento à violência nas escolas
Em seu pronunciamento, Ana Lúcia disse que, apesar de ter ganhado outras expressões, a ameaça da violência escolar existe há muito tempo no país.” Temos muito o que dizer, nas nossas falas, que o problema que a sociedade enfrenta com a violência dentro das unidades de ensino pode estar modernizado. Publicizado em forma de fakes news, com mensagens terroristas que estão chegando nas redes sociais. Mas ele é muito antigo. Para mim, gestora de escola por 19 anos, a mensagem que chegava não era por WhatsApp. Era no orelhão da escola. E, quando eu atendia, era: ‘manda os meninos para casa cedo. Porque eu vou pegar um aí hoje’”.
De acordo com a vereadora, prevenir a violência significa educar, desde cedo, para as diferenças. “A causa da violência é a desumanização dos seres humanos. É a falta de respeito pela escolha do outro, seja ela qual for. É preciso trabalhar isso desde a família, lá na casa da gente. É dizer para o nosso filho que o diferente não tem que ser diferente porque eu quero que ele seja do meu jeito. Eu só tenho que respeitá-lo e acolher”.
Para Ana Lúcia, as escolas sofrem com a falta de envolvimento familiar e de profissionais específicos. “O sentimento que nós temos, enquanto professores e gestores, é de solidão. Estamos lá enquanto profissionais e estudantes, enquanto família, mas nos faltam outros profissionais para nos ajudar no enfrentamento dessa violência”, disse. “Essa não é mais uma tarefa apenas dos professores e dos profissionais não docentes. É de todos nós. E a gente está vendo uma escalada crescente de todo mundo empurrando com a barriga”.
Em aparte, o vereador Ronaldo Lopes (PSC) fez uma defesa da segurança armada nas unidades de ensino e da criação de um grupo do Executivo para tratar do assunto. “Deve ser criado um comitê, por parte da Prefeitura, com as secretarias responsáveis por esse tema, como as secretarias de Segurança Cidadã, de Educação e, também, a Secretaria de Saúde. E trabalhar e debater junto com a comunidade escolar, com os pais, com os alunos e com os profissionais, que já não têm segurança e a quem buscar segurança. A família joga para a escola, e a escola vai buscar em quem a segurança?”
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Em 11.04.2023